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Garoto furta folhas para estudar, é apreendido e comove cidade mineira

Adolescente de 14 anos já havia utilizado três folhas do bloco no momento da apreensão

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 11h13 - Publicado em 14 fev 2019, 10h26
 (Patos Hoje/Divulgação)
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Um adolescente de 14 anos foi apreendido na última quarta(14) quando estava na sala de aula após ser acusado de furtar folhas de fichário no valor de R$ 8,00 de uma papelaria perto da escola onde estuda, em Patos de Minas, Minas Gerais.

O garoto já havia utilizado três folhas do bloco quando foi apreendido pela Polícia. A corporação diz que câmeras de segurança flagraram o momento em que ele pega o material do estabelecimento.

Após ser acionada, a PM percebeu que o uniforme que o garoto usava era da Escola Estadual Marcolino de Barros e foi procurá-lo. O adolescente confessou o furto e disse que pegou o bloco para estudar porque sua mãe está desempregada há sete meses.

De acordo com informações do UOL, o pai está preso condenado por homicídio e não paga pensão à mãe. Ela tem 34 anos, é cabeleireira e mãe de outras três crianças. “Vi anoitecer e clarear. Tomei um calmante, mas não consegui dormir nada essa noite”, disse ao UOL. 

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“Já gastei R$ 400 com o material (escolar) dos quatro meninos, mas ficou faltando algumas coisas”, afirmou. “Estava faltando o bloco e eu falei pra ele esperar até sexta-feira (15). Mas ele não esperou. Bati nele na delegacia, fiquei muito chocada. Não era para ele ter feito isso”, afirmou.

O garoto foi orientado pelos policiais a não cometer mais delitos e foi liberado. “Agora ele está aí, nervoso, sem falar nada e sem saber se volta pra escola. Todo mundo ficou sabendo por causa da interne. Tirei tudo dele. Não vai poder usar celular, televisão, nada dessas coisas que ele gosta.”

Comoção

A notícia se espalhou pela cidade de 150 000 habitantes. A população se juntou para doar material escolar e de higiene à família. A engenheira civil Jennifer Magalhães foi quem encabeçou a ação. “Não apoiamos, lógico, o que ele fez. Mas por qual motivo ele fez isso?”, disse.

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“O primeiro objetivo é repassar à família do adolescente, mas como as escolas de Patos de Minas estão precárias, vamos distribuir também a outras escolas que têm alunos em situação de vulnerabilidade social”, contou.

Com informações do UOL.  

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