Falso terapeuta é investigado por abuso sexual durante consulta
Duas mulheres acusam Nelson Lemoine de terem sido abusadas durante sessão de massagem
Nelson Lemoine, de 28 anos, um massagista popular nas redes sociais, está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por denúncia de abuso sexual. Ao menos duas pacientes alegam terem sido abusadas durante consultas. O caso é apurado pela 3ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), no Butantã. As informações são da Folha de S. Paulo.
Uma esteticista de 31 anos, cuja identidade foi preservada, relatou à Folha que sofreu abuso durante sessão em abril. “Sei que algumas manobras da massagem pegam no bumbum. Com o Nelson, a mão escorregava demais”, afirmou a mulher. Segundo ela, Lemoine passou a mão entre as suas coxas e tocou sua vulva.
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Ela ainda conta que o rapaz pegou em seu cabelo e disse que era cheiroso. A mulher procurou os sócios da clínica para relatar o ocorrido durante a consulta, afirmando que não queria mais se consultar com ele.
Uma segunda vítima de 30 anos, que também não foi identificada, se consultou com Lemoine há cerca de dois anos. Ela conta que, enquanto estava de olhos fechados na maca, ele a beijou sem consentimento. Na ocasião, ela não relatou o episódio aos demais donos da clínica, por “achar que fosse bobeira, que ele havia confundido as coisas”, conforme contou à Folha.
Lemoine acumula 20,7 mil seguidores no Instagram. Segundo as descrições em suas contas nas redes sociais, ele é formado em instituições de ensino. No entanto, elas afirmam não ter emitido certificação para ele. Na capital paulista, Lemoine atende na Clinique de L’avenir, no Morumbi, na zona oeste.
Os três ex-sócios de Lemoine, todos fisioterapeutas registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, romperam com o massagista em maio, após os alertas de clientes e a confirmação de que ele não tinha as certificações que afirmara ter.
Um deles chegou a registrar um boletim de ocorrência por exercício ilegal de profissão – Lemoine afirmara ser quiropraxista, mas não tinha diploma de curso específico de formação superior de pelo menos quatro anos, exigido pela ocupação.
O advogado João Marques Jr., que é civil, representava Lemoine, mas deixou o caso na última sexta-feira (19) após o cliente decidir que precisaria de acompanhamento de alguém com atuação na área criminal.
Na manhã da última quarta-feira (17), o site da Clinique de L’Avenir foi retirado do ar. Após a publicação da reportagem na Folha, na terça (23), Lemoine apagou a sua conta em uma rede social.
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