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Facebook cria um conselho global de mulheres para combater a violência

Entre as 12 representantes globais, há uma brasileira. Iniciativa propõem mudanças que extrapolem o meio digital

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 set 2021, 21h42 •
mulher coloca a mão à frente do rosto
 (Foto/ThinkStock)
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  • A internet e tudo que acontece nela é um reflexo do mundo real – para o bem e para o mal. Da mesma forma que ela permite que as pessoas descubram novas culturas e conheçam outras pessoas com interesses em comum, ela também abriga a violência que acontece no nosso dia a dia.

    Até pouco tempo, aplicativos, plataformas e redes olhavam para essa questão de forma bastante específica, como se coubesse a cada um resolver apenas o que se passava no seu território. Contudo, com a noção de que a internet extrapola suas vivências, grandes players globais, como o Facebook – cujo grupo inclui também o Instagram e o WhatsApp –, passaram a assumir a responsabilidade pelo reflexo do online no real.

    Há pouco mais de 8 meses, o Facebook criou o Grupo Global de Conselheiras Especialistas em Segurança da Mulher, que reúne representantes de 12 organizações do mundo todo que combatem a violência contra a mulher. Enrica Duncan, diretora do projeto Nossas, foi escolhida como a representante brasileira.

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    “Acho que tem muito a ver com o tempo de maturação da empresa. O Facebook foi crescendo, nos atentamos a várias questões e escolhemos as frentes que queríamos atuar mais amplamente. O grupo foi criado seis meses antes do anúncio que fizemos sobre ele, porque o intuito não é só mostrar publicamente o esforço, mas realmente pensar em como usar nossa força para mudar o espaço em que estamos inseridos”, explica Daniele Kleiner, Gerente de bem-estar e segurança do Facebook para a América.

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    Para ela, há riqueza em unir experiências locais que possam impactar em soluções globais. “É sobre pensar em como as plataformas podem ser mais acolhedoras para as mulheres, como ajudar para que elas se sintam mais seguras nas redes, como criar ferramentas para que as mulheres não sejam silenciadas”, explica Daniele.

    Para Enrica, o principal atrativo no convite foi poder transmitir conhecimentos e levar o debate sobre violência de gênero para um espaço com muito acesso diário. “É uma oportunidade de diálogo potente. Se a conversa está acontecendo na praça pública, não adianta eu levar meu discurso para uma cachoeira onde ninguém vai. O Facebook é onde muita gente está, então vamos usar essa praça pública para falar de temas tão relevantes. Não basta tem um bom conteúdo e coloca num app que é difícil de baixar, que exige internet forte e memória no celular”, acrescenta ela.

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    Enrica explica que o mais importante foi evitar uma posição de coleta de dados apenas. “Perguntar para a mulher qual violência ela sofre apenas para ter dados não é legal. Aí você fica cheio de informação, com referências, mas não faz nada com aquilo. Isso é legal porque nos leva a extrapolar o Facebook, gerar encaminhamentos para a academia ou para políticas públicas”, diz ela, citando o acréscimo do WhatsApp como ferramenta de denúncia de violência no canal 180.

    Desde o ano passado, o aplicativo de mensagens passou a fazer a ponte entre as mulheres que denunciam violências e o 180. Durante a pandemia, isso se tornou essencial, já que muitas vítimas estavam isoladas com seus algozes em casa. “É um canal que ela pode interromper a mensagem e depois voltar a falar quando puder. É silencioso, então ela consegue fazer de forma mais segura. Também treinamos os atendentes para que eles instruíssem as mulheres a salvar o número com o nome de uma pessoa, apagar o histórico da conversa”, conta Daniele. “A tecnologia pode ser uma grande aliada nessa luta e podemos fazer mais, para que o efeito seja sentido fora do digital”, completa.

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    O trabalho do conselho global não tem data para acabar nem troca de equipes, o que mostra um comprometimento a longo prazo. “Tudo que temos pra resolver não vai ser solucionado rapidamente, é uma construção longa. É bom saber que o Facebook entende isso e nos permite espaço de trabalho, para irmos elaborando os processos. Se tivesse um data para entregar tudo e acabar, eu desconfiaria”, explica Enrica.

    A evolução dos projetos do conselho global pode ser acompanhado através dos anúncios do Facebook. Vale também ficar de olho nas plataformas de informação do conglomerado de tecnologia, que informa das novas ferramentas oferecidas.

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