Alunos e professores da escola Professora Francisca Almeida Caloi, de Guaratinguetá, interior de São Paulo, foram barrados durante uma visita ao Shopping JK Iguatemi, na Zona Sul, na segunda-feira (18). O grupo iria conhecer a exposição “Mickey 90 anos”, a convite da própria organização do evento.
Como era hora do almoço, a turma se dirigiu até a praça de alimentação, mas foi barrada ainda na recepção. Uma funcionária identificada como Beatriz os informou que não havia espaço o suficiente para acomodar a todos e ainda fez questão de mencionar que o estabelecimento é “de elite”, sugerindo que não teria nada para o consumo das crianças.
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Somente após muita insistência, intervenção dos organizadores da exposição e afirmações da diretora responsável pelo passeio de que eles possuíam dinheiro para cobrir os custos das refeições, o grupo foi liberado. Ao contrário do que havia sido dito, havia lugares para todos, como puderam constatar ao chegar na praça de alimentação.
Em relato postado no Facebook, a diretora Jozeli Gonçalves apontou a diferença entre o tratamento que recebeu e o que foi dado à turma de outro colégio, que chegara um pouco antes e entrou sem impedimentos. Ela e vários de seus alunos são negros, o que levantou a discussão de que a atitude discriminatória teria motivação racial.
Pressionado pelas críticas, o Shopping JK Iguatemi informou que a funcionária Beatriz é membro da equipe terceirizada da exposição e que um reforço do treinamento das recepcionistas foi solicitado. Segundo a Rádio CBN, o Shopping também afirmou não compactuar com atitudes do tipo. Já a ONG Orientavida, responsável pela exposição, classificou o episódio como um “fato isolado e pontual”.
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