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Estudantes portugueses oferecem pedras para atirar em brasileiros

A atitude xenofóbica levou os mestrandos brasileiros a exigir medidas punitivas da diretoria da instituição

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 09h11 - Publicado em 30 abr 2019, 11h33
 (Twitter/Reprodução)
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Estudantes brasileiros foram vítimas de xenofobia dentro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL). Um caixote de madeira com pedras foi colocado no corredor da instituição com a seguinte frase: “Grátis se for para atirar em um ‘zuca’ (que passou na frente no mestrado)”. ‘Zuca’, neste caso, se refere ao “brazuca”, como os brasileiros são chamados em Portugal.

A atitute foi atribuída ao grupo Tertúlia, que compete na eleição para a Associação Acadêmica da faculdade, conhecido por fazer sátiras e ter humor “áspero”. A incitação à violência levou os mestrandos brasileiros a exigir medidas punitivas da diretoria da instituição.

“Nunca fui maltratada aqui. A faculdade sempre foi inclusiva e mantém um ambiente ótimo”, afirma a pernambucana Maria Eduarda Callado, de 24 anos, à VEJA. Ela estuda mestrado em Direito Internacional Comercial desde setembro do ano passado. “Eu não esperava essa atitude xenofóbica. Eles podem ter achado engraçado. Mas, para nós, não teve graça nenhuma.”

O comportamento inadequado foi motivado, segundo Callado, pela mudança no calendário do processo de admissão de estudantes de mestrado. Desde o ano passado, a primeira fase de inscrição foi antecipada para maio/junho, quando os estudantes portugueses ainda não concluíram a graduação, não podendo, portanto, se inscreverem.

Por conta disso, os brasileiros, que em geral terminam o curso superior no final do ano anterior, têm a chance de se inscrever e conseguir a maioria das vagas do mestrado. Aos portugueses, restam as vagas remanescentes da segunda chamada, que acontece em setembro.

Callado denunciou a atitude em sua conta no Twitter. “É muito importante que isso seja divulgado e os alunos penalizados para que não seja banalizado. Preconceito aqui não!!”, escreveu ela, em uma série de tweets sobre o caso.

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A faculdade de Direito emitiu um comunicado sobre o ocorrido e atribuiu o incidente aos ânimos exaltados pela proximidade das eleições internas e informou que “não serão toleradas quaisquer ações ofensivas”.

“A nossa faculdade orgulha-se de ser um espaço de liberdade de opinião e de incentivo à participação cívica responsável, convivendo com a autocrítica, o humor e a sátira”, afirma o texto, assinado pela sub-diretora Paula Vaz Freire.

Comunicado
(Twitter/@dudacalada/Reprodução)

Freire informou ao jornal “O Público” que determinou a retirada imediata do cartaz. Identificado os responsáveis, a faculdade se comprometeu a “apurar os fatos e agir em conformidade com aquilo que é a legalidade”. O reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, prometeu abrir um processo disciplinar.

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“Não é admissível na Universidade de Lisboa nenhum comportamento de xenofobia, e serão tomadas posições para punir exemplarmente os responsáveis”, afirmou Serra.

Ainda de acordo com O Público, após a repercussão do caso, os alunos se mobilizaram em protesto contra a iniciativa do grupo Tertúlia, com cartazes e uma bandeira brasileira. O Núcleo de Estudantes Luso-Brasileiro reuniu-se com a diretoria da faculdade para tratar o “lamentável episódio”.

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