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Escritora Carolina de Jesus ganha homenagem da Turma da Mônica

A homenagem faz parte do projeto Donas da Rua e lembra os 40 anos da morte de umas das primeiras e mais importantes escritoras negras brasileiras

Por Roberta Tinti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 abr 2024, 17h09 - Publicado em 15 fev 2017, 16h06
 (/Reprodução)
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De origem pobre, Carolina Maria de Jesus frequentou somente os dois primeiros anos do primário e era catadora de papel e ferro velho na favela do Canindé, zona norte de São Paulo, onde registrava, em cadernos que encontrava no lixo, o cotidiano da comunidade.

No final da década de 1950, no entanto, sua história teve uma grande virada. O jornalista Audálio Dantas – que, na época fazia uma reportagem sobre a inauguração de um playground no Canindé – conheceu Carolina e se interessou pelos 35 cadernos transformados por ela em diários. Com a ajuda de Dantas, ela publicou Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, seu primeiro livro, em 1960.

Leia também: 8 mulheres cientistas que você precisa conhecer

Com tempo, espaço e personagens muito característicos, as histórias narradas por Carolina de Jesus fazem o leitor mergulhar em sua realidade. Fome, falta de dinheiro e péssimas condições de moradia são apenas alguns dos temas desses relatos. A riqueza dos detalhes e a propriedade da fala só poderiam surgir de alguém que está inserido naquele universo e o vivencia diariamente.

O livro foi um sucesso: além de marcar a história da literatura nacional, foi traduzido para 13 idiomas e vendido em mais de 40 países.

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Ela é uma das homenageadas pelo Donas da Rua, projeto lançado pela Turma da Mônica em parceria com a ONU Mulheres no ano passado. Com o desejo de contribuir para que os direitos das mulheres sejam respeitados e para que, assim, elas possam ser e fazer o que quiserem, o projeto conta histórias de mulheres inspiradoras, sejam elas famosas ou não.

Dentre nomes conhecidos, encontramos Kathrine Switzer, a primeira mulher a participar de uma maratona; Dorina Norwillcriadora da Fundação para o Livro do Cego no Brasil; Marie Curie, primeira mulher a receber o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois – um em Física e outro em Química; e Ada Lovelace, considerada a primeira programadora de computadores do mundo.

Leia também: Dorina Nowill e o brilho nos olhos 

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Veja a publicação sobre Carolina Maria de Jesus:

 

 

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