Como as empresas podem ajudar no combate à violência contra a mulher?
Instituições se uniram e criaram um guia de como o setor privado pode colaborar nesta luta
Em comparação com os meses de março e abril do ano passado, os casos de feminicídio aumentaram 22,2% em cerca de 12 cidades do país, de acordo com relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
As consequências dessa violência atravessam todas as áreas da vida da vítima, como o trabalho, por exemplo – 1 em cada 5 faltam ao trabalho em decorrência das agressões vividas em casa. Consequentemente, o rendimento e a produtividade começam a cair, significando uma perda de R$ 1 bilhão por ano na economia nacional, de acordo com o Instituto Maria da Penha.
Os números dos casos, que já eram alarmantes no Brasil, se agravaram ainda mais com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Na primeira semana de isolamento, houve um aumento de 9% nas denúncias de violência contra as mulheres. São Paulo registrou um crescimento de 51% nas prisões em flagrante, fora os casos referentes à subnotificação.
Pensando nesse problema, o Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) em parceria com a Fundação Tide Setubal, Fundo Elas, #AgoraÉQueSãoElas e o Instituto Avon lançaram o guia “O que o Investimento Social Privado Pode Fazer pelo Direito das Mulheres“.
“A publicação do Guia por mulheres deve inspirar as organizações do setor privado a olharem para sua própria história, refletindo e agindo pela equidade nas suas ações diretas e nos apoios que realizam. No contexto democrático e de enfrentamento as desigualdades, essa deve ser uma causa de todos nós”, diz Neca Setubal, presidente do conselho de Governança do GIFE e da Fundação Tide Setubal.
Segundo os idealizadores do projeto, a atuação das empresas na luta contra a violência doméstica é fundamental para promover os direitos das mulheres e motivar que cada vez mais o setor privado esteja alinhado com esse objetivo. O guia tem como propósito expandir conhecimento, experiências e recomendações sobre as inúmeras formas de contribuir na causa e diminuir o impacto da violência doméstica e de gênero.
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