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Crianças sem mobilidade nas pernas caminharam com a bandeira paralímpica graças a um pai dedicado

O sonho de Felipe, um adolescente que nasceu sem poder andar, era jogar futebol com seus colegas na educação física. Seu pai, Alexandre Faleiros, criou um aparato para ajudar o filho e acabou transformando a vida de outras crianças na mesma situação – além de ver sua criação emocionar a todos na abertura dos Jogos Paralímpicos.

Por Clara Novais
Atualizado em 12 abr 2024, 16h39 - Publicado em 8 set 2016, 17h01
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Um dos momentos que marcaram a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, realizada na quarta-feira (07), foi a entrada da bandeira paralímpica. Ela foi carregada por nove crianças que, apesar de serem portadoras de deficiências que as impedem de andar, entraram caminhando e deram a volta no Maracanã acompanhada de seus pais. 

Assista ao momento no a partir de 3h e 22 minutos neste vídeo:

 

Isso só foi possível graças ao advogado mineiro Alexandre Faleiros. Tudo começou porque seu filho Felipe teve carência de oxigênio durante o parto, o que resultou em uma deficiência motora. Apesar de não conseguir ficar em pé sozinho, o menino adorava assistir às aulas de educação física – e sempre quis jogar bola com os colegas.

Leia também: Conheça Aaron Wheelz, o esportista que abriu a cerimonia paralímpica 

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Para realizar o sonho de Felipe, em 2012, quando o garoto tinha 13 anos, Alexandre mandou fazer uma bota especial. O calçado é adaptado para que ambos o calcem juntos. Dessa forma, com o suporte e movimentação das pernas do pai, Felipe consegue participar das partidas de futebol com os colegas – e Alexandre faz questão de ir ao colégio participar das aulas de educação física com ele.

Reproduçãp/Globoplay
Reproduçãp/Globoplay ()

Alexandre e Felipe participam do Fantástico em 2012

A criação do advogado ganhou repercussão após virar notícia no Fantástico. Desde então, a iniciativa cresceu e se tornou um projeto em parceria com o coletivo Smile Flame, chamado Bota do Mundo. Após arrecadação financeira via financiamento coletivo, em 2014, – ano da Copa do Mundo de futebol no Brasil – foi criada uma competição de penaltis em que ídolos do futebol fizeram parceria com crianças que nunca puderam jogar bola na vida, por causa de suas deficiências. 

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Com duas edições já realizadas, o evento acontece na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com festa de abertura e tudo mais que um campeonato profissional tem. As crianças são divididas em seleções de países e ganham uniformes profissionais para participar. Todos ganham medalhas e o campeão é festejado com troféu e chuva de prata, como todo campeão merece. 

A bota desenvolvida por Alexandre virou referência mundial de esporte adaptado. A entrada das crianças acompanhada pelos pais na cerimônia paralímpica é mais um exemplo de que, não importa o tamanho dos seus sonhos, é sempre possível dar um jeito de realizá-los.

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