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Clint Eastwood: “Aprender é o que nos faz continuar todos os dias”

Clint Eastwood conta em filme a história do piloto que fez um pouso de emergência no Rio Hudson

Por Luísa Graça
Atualizado em 17 dez 2016, 08h01 - Publicado em 17 dez 2016, 08h01
 (Divulgação/Divulgação)
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Sully – O Herói do Rio Hudson, que estreou em dezembro, fala sobre heróis do dia a dia, mais especificamente sobre o piloto (interpretado com primor por Tom Hanks) que fez um pouso de emergência, com 155 passageiros a bordo, no Rio Hudson, em Nova York, em 2009. Esse é o 38º filme de Clint Eastwood na direção – seu primeiro longa-metragem é de 1971 – e ele pretende manter essa lista crescendo por muitos anos mais. Em um encontro com CLAUDIA, falando baixo e pausadamente, o americano revelou de onde vem o impulso para se manter ativo aos 86 anos.

Nos anos 1950, o voo militar em que você estava fez um pouso de emergência no mar. Como foi?
Assustador. A nave começou a afundar na água, mas tinha asas bem grandes. Então, desafivelei o cinto e fiquei em pé sobre uma delas. Falei para o piloto: “Acho que vamos ter de nadar” (risos). Estar na água é quase um alívio, pois é algo conhecido. Por causa das ondas, nos perdemos. Ficamos um sem saber se o outro tinha se afogado. Ao escurecer, águas-vivas fluorescentes passavam por nós. Nadamos até a costa e depois fizemos uma trilha.

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Quando viu o pouso de Sully na TV, pensou que daria um bom filme?
Sim. Lembro das pessoas na água, após evacuarem o avião, o que só foi possível com a execução brilhante do procedimento de emergência. Piloto helicópteros, que são bem diferentes de aviões comerciais, e sempre me pergunto: “E se der algo errado? E se o motor parar?”.

Já se sentiu inseguro quanto ao trabalho ou pensou em parar?
Nessa indústria, você leva muitas baforadas de charuto na cara – até que se questiona se deve mesmo fazer aquilo. Continua porque há uma voz lá no fundo que diz: ‘Tenho algo a oferecer!’. Mas, para cada um que tem sucesso, milhares fracassam. Talvez por desistirem cedo ou porque o destino os levou a outro caminho. Quase desisti muitas vezes, mas a voz voltava. Há sempre mais uma chance.

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O que o motiva a continuar?
O aprendizado constante. Acho que pessoas de diversas profissões concordariam comigo. Aprendo com o elenco e a equipe, com os personagens. É isso que me impulsiona.

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