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Brasil perderá certificado de país livre de sarampo após epidemia

Em comunicado, o Ministério da Saúde declarou estar ciente da situação e que o trabalho para controlar a doença já está em curso

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h38 - Publicado em 19 mar 2019, 19h08
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  • O registro de um caso de sarampo no estado do Pará implicará na perda do certificado de erradicação da doença. Confirmado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o caso faz parte de um surto que tem assolado os estados do Amazonas, Pará e Roraima desde o começo de 2019.

    Ao todo, até o momento foram confirmados 48 casos de sarampo no país, dos quais 20 são importados e 28 podem ser classificados como endêmicos: surgiram dentro do território brasileiro. Destes últimos, 23 foram no Pará e 5 no Amazonas.

    A epidemia, entretanto, não é novidade. Cerca de 10 300 casos foram registrados no período entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, sendo o mês de julho o que concentrou a maior taxa, com 3 950 casos.

    Apesar de ser referência mundial quando se trata do programa de imunização, o Brasil enfrenta uma crise no fornecimento de vacinas. Com a oferta do SUS não sendo suficiente para alcançar a taxa necessária de cobertura vacinal, em 2017 o índice de vacinação em crianças abaixo de um ano foi o menor em 16 anos. Entre a população adulta, todas as vacinas recomendadas estão abaixo da meta de cobertura desejável.

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    Para manter o certificado concedido pela OPAS em 2016, o Brasil precisaria, durante o período de um ano, não possuir casos confirmados do vírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a primeira infecção endêmica ocorreu em 19 de fevereiro de 2018.

    Em comunicado oficial, o Ministério da Saúde declarou estar ciente da situação e que o trabalho para controlar a doença e recuperar o título já está em curso.

    “Nosso plano consiste em encaminhar medidas importantes ao Congresso Nacional, como a exigência do certificado de vacinação, não impeditiva, de ingresso na escola e no serviço militar. Reforçaremos, ainda, o monitoramento da vacinação, por meio dos programas de integração de renda e como norma para os trabalhadores de saúde”, informou o ministro Luiz Henrique Mandetta.

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    Leia também: Político anti-vacina é internado com catapora

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