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Bilionário brasileiro doa em vida 60% de seu patrimônio para causas sociais

Elie Horn, dono da Cyrela, é o primeiro brasileiro a aderir a programa mundial de filantropia

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 dez 2015, 14h59
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  • Aos 71 anos, Elie Horn, dono da Cyrela, a maior construtora e incorporadora do país, decidiu doar 60% do seu patrimônio pessoal, estimado em US$ 1 bilhão (R$ 3,9 bilhões), para causas sociais.

    Horn se tornou o primeiro brasileiro a aderir ao The Giving Pledge (Chamada à Doação, em tradução livre), programa criado em 2010 por Bill Gates e Warren Buffett.

    O projeto  tem como objetivo incentivar bilionários a destinar pelo menos metade de suas fortunas para investimentos sociais ao longo da vida.

    Durante o 4º Fórum Brasileiro de Filantropos & Investidores Sociais, realizado pelo Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), ele deu detalhes sobre o compromisso de doação firmado no fim do ano passado. “No começo, minha mulher não gostou muito, brigou um pouco, mas depois aceitou”, disse ele, arrancando riso da plateia do evento. “Meus filhos também me apoiaram. É uma doação familiar”, prosseguiu o empresário.

    Em sua carta de adesão ao The Giving Pledge, ele destacou “educação em escolas e universidades” como áreas prioritárias de seu plano de doação.

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    Horn declarou ainda que a doação em vida de mais de R$ 2,3 bilhões fará dele “rico eternamente”. “A moeda do bem é a única conversível neste e no outro mundo”, disse Horn, que é judeu ortodoxo.

    Ele justificou ainda suas boas ações como missão na terra. “Fazer o bem é um ótimo investimento. É tão óbvio, não entendo como as pessoas não compreendem.”

    O site da organização disponibiliza uma lista dos 138 membros (indivíduos e casais), entre eles Mark Zuckerberg, Michael Bloomberg, Richard Branson e Ted Turner.

    Nascido na Síria em família judaica, Horn veio para o Brasil aos 10 anos. De vendedor de porta em porta e corretor de imóveis ele se tornou dono de um império imobiliário. Só no ano passado a empresa faturou R$ 5,68 bilhões no ano passado.

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