Nesta quarta-feira (15), bell hooks, escritora e ativista norte-americana, morreu aos 69 anos. Um comunicado da família informou: “A família de Gloria Jean Watkins está muito triste em informar o falecimento de nossa amada irmã neste 15 de dezembro de 2021. A família honrou seu pedido de partir em casa com os familiares e amigos ao seu lado”.
“A autora, professora, crítica e feminista fez sua transição cedo, de casa, rodeada de familiares e amigos”, dizia ainda a nota. Sua sobrinha, Ebony Motley, disse que a autora estava doente e, quando morreu, estava rodeada de amigos e familiares.
Gloria Jean Watkins é nome de batismo da escritora, que escolheu bell hooks como homenagem a sua bisavó. O nome todo em letras minúsculas também foi uma escolha da autora, que queria manter o foco em sua escrita e não em si mesma.
Em 1978, ela publicou seu primeiro livro de poemas, o “And There We Wept”. Ao longo de sua carreira escreveu 40 livros publicados em 15 idiomas diferentes ao redor do mundo. Feminismo, racismo, cultura, política, gênero, amor e espiritualidade foram temas abordados por hooks em suas obras.
Na infância, bell hooks chegou a frequentar escolas segregadas no Condado de Christian. Ela era mestre em Língua Inglesa pela Universidade de Stanford, Califórnia, e doutora em Literatura pela Universidade de da Califórnia, Santa Cruz.
Em 2004, ela voltou para Kentucky para lecionar no Berea College e em 2010 a escola inaugurou o Instituto bell hooks, que abriga sua coleção de arte contemporânea afro-americana, cópias de suas obras em diversas línguas e artefatos pessoais.
“O Berea College está profundamente triste com a morte de bell hooks, distinta professora residente em estudos dos Apalaches, autora prodigiosa, intelectual pública e uma das principais acadêmicas feministas do país”, disse o colégio em um comunicado.