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Bebê nasce de embrião congelado há 27 anos e quebra recorde mundial

O recorde anterior era de sua própria irmã, Emma, que teve o embrião descongelado em 2017

Por Da Redação
4 dez 2020, 16h22
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  • Molly Gibson nasceu em outubro de um embrião que foi congelado em outubro de 1992, quebrando o recorde de embrião que ficou congelado por mais tempo e resultou em um nascimento.

    O embrião foi descongelado depois de 27 anos quando Tina, de 29 anos, e Ben Gibson, de 36, um casal do Tennesse, o adotou. O recorde quebrado por Molly anteriormente era de sua irmã mais velha, Emma.

    O casal tentou engravidar por quase cinco anos, até que os pais de Tina ouviram em uma rádio local sobre a possibilidade de adotar um embrião. “Essa é a única razão pela qual compartilhamos nossa história. Se meus pais não tivessem visto isso no noticiário, não estaríamos aqui. Se tivessem me perguntado há cinco anos se eu não teria apenas uma garota, mas duas, eu teria dito que era loucura”, disse a professora à BBC.

    O processo

    Para adotar os embriões, Tina e Ben entraram em contato com a National Embryo Donation Center (NEDC), uma organização cristã sem fins lucrativos no estado do Tennesse. A instituição armazena embriões congelados que pacientes de fertilização in vitro doaram, pois não foram usados no procedimento.

    De acordo com o NEDC, há cerca de um milhão de embriões congelados nos EUA atualmente. “Eu diria que 95% das famílias que nos procuram têm algum tipo de problema de infertilidade. Nos sentimos honrados e privilegiados por fazer este trabalho e ajudar casais a formarem suas famílias”, explicou Mark Mellinger, diretor de marketing e desenvolvimento do centro, à BBC.

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    O NEDC foi fundado há 17 anos e já facilitou mais de mil adoções e nascimento de embriões e, agora, realiza cerca de 200 transferências por ano. Há a opção de os pais entrarem ou não em contato com a família doadora. A instituição apresenta cerca de 300 perfis de doadores com algumas características e a história demográfica da família.

    No caso dos Gibson, o único critério que usaram foi o da altura. “Não nos importamos com a aparência do bebê, nem de onde veio. Meu marido e eu somos pessoas baixas, então reduzimos as opções usando altura e peso como critério, procurando alguém parecido conosco. Isso reduziu bastante”, disse Tina.

    Molly e Emma, que nasceu em 2017, são irmãs genéticas. Os dois embriões foram doados e congelados juntos em 1992. Segundo o NEDC, a vida útil de embriões congelados é infinita, então o recorde pode ser batido novamente no futuro. Apesar disso, a tecnologia é bem recente e o primeiro bebê nascido de um embrião congelado veio ao mundo em 1984, na Austrália.

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    Tina contou à BBC que as semelhanças entre as irmãs são muitas e que Emma está adorando ter uma bebê em casa. “Ela a apresenta a qualquer pessoa que a vê como ‘minha irmã mais nova Molly'”.

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