Agnès Varda, cineasta belga radicada na França, morreu nesta sexta-feira (29) aos 90 anos, vítima de câncer. O comunicado foi dado por sua família e equipe à agência France Presse. De acordo com as informações dadas, ela faleceu em casa cercada de amigos e familiares.
Varda foi uma das principais vozes do movimento de cinema contestatório nouvelle vague, na década de 60, e influenciou gerações posteriores.
Entre as obras da diretora, destacam-se “Cleo das 5 às 7”, de 1962, indicado à Palma de Ouro em Cannes; “As duas faces da felicidade”, de 1965, que ganhou o Prêmio do Júri em Berlim; e “Os Renegados”, de 1985, Leão de Ouro em Veneza.
Em 2018, Varda foi indicada ao Oscar pelo documentário “Visages Village” (2017), sobre sua jornada pelo interior da França, ao lado do artista JR, para fazer retratos e colher histórias sobre os moradores do vilarejo. Com a indicação, se tornou a pessoa mais velha a competir à estatueta.
O filme não venceu a categoria, perdendo para “Ícaro”, investigação sobre o sistema antidoping da Rússia, mas Varda foi homenageada com um troféu honorário pela Academia.
O trabalho da cineasta foi marcado por narrativas ousadas e Varda era figura constante no Festival de Cannes, onde apresentou meia dúzia de filmes entre 1958 e 2018.
Seu último trabalho foi a série em documentário “Varda par Agnès”, que mostra a diretora discutindo sua obra em público.
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