O adiamento dos desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro e São Paulo para o feriado de Tiradentes levantou uma dúvida entre os foliões: afinal, é ou não Carnaval? Com a expectativa alta para voltar a celebrar a maior festa do país – que precisou ser cancelada por dois anos por conta da pandemia de Covid-19 – muita gente ainda não sabe se poderá curtir nas ruas das duas capitais.
Tanto São Paulo quanto Rio de Janeiro resolveram não liberar oficialmente os blocos de rua, mantendo o Carnaval restrito aos sambódromos das cidades com entrada controlada pela venda de ingressos. No entanto, mesmo sem a liberação, ambas as capitais se comprometeram a não tirar totalmente o suporte: na carioca, o governo aumentou o contingente de policiais militares nas ruas para fazerem o acompanhamento daqueles trios que decidirem ocupar as ruas. Já na capital paulista, a prefeitura pediu que aqueles que resolverem ocupar espaços públicos informem para que a limpeza das vias públicas seja garantida.
Desfiles não oficiais e festas fechadas
Na “cidade maravilhosa”, blocos tradicionais resolveram manter seus cordões nas ruas, em um Carnaval não oficial. Áreas como o centro da capital, entorno do Sambódromo, Central do Brasil, Lapa e Boulevard Olímpico devem concentrar cortejos de rua e receberam um reforço extra de policiamento que, de acordo com o prefeito Eduardo Paes, é para proteger os foliões e não para reprimir a festa.
Em São Paulo, uma reunião entre a Secretaria Municipal de Cultura e os organizadores de blocos, realizada na última quarta-feira (20), decidiu mover os desfiles nas ruas para os dias 16 e 17 de julho, data batizada de “Esquenta Carnaval”. Com isso, os maiores blocos da cidade, como o Acadêmicos do Baixo Augusta e Bloco do Sargento Pimenta, resolveram trocar os desfiles por festas particulares, com entradas gratuitas e pagas. As informações de locais e preços podem ser encontradas nas redes sociais de cada um.