7 discursos de mulheres poderosas para se inspirar
Em premiações, no trabalho ou nas redes sociais, elas usaram a palavra para questionar o machismo e impulsionar outras mulheres
Especialmente em tempos de intolerância, discursos potentes inspirados em experiências pessoais têm ajudado a renovar a força das mulheres para continuar lutando por seus direitos. Relembre alguns dos mais recentes que deixaram sua marca:
Viola Davis, atriz, no Critic’s Choice Awards, em dezembro de 2016
“É difícil servir de modelo para mulheres quando você está tentando perder peso. Por algum tempo, interpretei um padrão de personagens que exigiam que eu engordasse e usasse avental. Quando me chamaram para um papel sexy, me desesperei imaginando que teria que emagrecer e aprender a andar de salto. ‘Mas para quê?’, pensei. É um privilégio poder ser quem você é, e só descobri isso recentemente, aos 51 anos. Na televisão, meu maior poder é trazer o espectador para o meu mundo, em que não preciso mudar meu tamanho, minha cor ou minha idade. Você senta e passa pela experiência. É meu poder como artista.”
Madonna, cantora, ao ser eleita a mulher do ano no Billboard Women in Music 2016
“Quando comecei a escrever música, meu ídolo era David Bowie. Ele me fez pensar que não havia regras, mas eu estava errada. Não existem regras se você for um rapaz. Se você é uma garota, tem que entrar no jogo. E qual é o jogo? Você pode ser bonita, fofa e sexy. Mas não pareça muito esperta. E não envelheça; é pecado. Você vai ser criticada, humilhada e não tocará nas rádios. Como mulheres, temos que apreciar o mérito umas das outras. Procurem mulheres fortes para ser suas amigas ou aliadas, para aprender com elas, para colaborar com elas, para se inspirar nelas, apoiar e se deixar iluminar.”
Taís Araújo, atriz, no Instagram
“Fiquei desesperada quando recebi o exame médico e descobri que estava grávida de uma menina. Toda minha vida passou pela minha cabeça em segundos – as meninices, as alegrias e as dores femininas. E também todo o machismo embutido na cultura e na educação. Maria Antônia, você me faz querer ser melhor a cada dia. Seu sorriso me dá coragem pra batalhar por um mundo honesto e justo para todos, me dá força pra gritar de peito aberto e sem medo de me expor. Grande parte do que eu sou hoje, devo a você.”
Shery Sandberg, COO do Facebook, em seu perfil da rede social
“As mulheres tornam-se mães solteiras por várias razões: morte do parceiro, fim de uma relação, escolha própria. Há pouco mais de um ano, fiquei viúva e me juntei a elas. Antes, eu não sabia como é difícil ter sucesso no trabalho quando você está sobrecarregada em casa. Todos os dias essas mães fazem sacrifícios, driblam barreiras e criam famílias lindas apesar das demandas. O mundo não facilita a vida delas. É necessário uma comunidade para criar uma criança, e muitas mães solteiras precisam e merecem mais do que estamos dando a elas.”
Cármen Lúcia, juíza, em sua primeira sessão como presidente do STF
“Há, sim, discriminação contra mulheres, mesmo no caso de juízas, como nós, que conseguimos chegar a um patamar de igualdade. Não preciso de dados, mas da minha vida e das experiências das mulheres com quem convivo. Temos uma sociedade extremamente preconceituosa. Quando há mulheres candidatas a cargos, não nos dão conhecimento, não nos dão participação no financiamento nem tempo na televisão e nas direções partidárias. Depois, vêm com o discurso: ‘Viu, não foi eleita’.”
Michelle Obama, ex-primeira-dama americana, na CNN
“Mais de 62 milhões de meninas no mundo não frequentam a escola. Na raiz do problema estão famílias que não acreditam que garotas merecem ser educadas e preferem que elas se casem adolescentes e tenham filhos quando são praticamente crianças. Ensinar meninas não muda apenas a perspectiva de vida delas, mas da família, da comunidade e da nação: elas ganham salários maiores e aumentam o produto interno bruto do país. Também se casam depois e correm menos risco de entrar para o índice de mortalidade materna.”
Serena Williams, tenista, em artigo no The Guardian
“Quando eu era criança, tinha o sonho de ser o melhor jogador de tênis do mundo – não a melhor tenista mulher. Pude contar com o apoio da minha família, mas sabemos quão frequente é uma mulher ser desacreditada. Para mim, exigiu resiliência: transformei o que descreviam como fraqueza – meu sexo, minha raça – em combustível. Fico frustrada ao falar de inequidade salarial, pois fiz os mesmos sacrifícios que meus colegas homens e não quero isso para minha filha ou meu filho. Devemos continuar sonhando grande e, assim, empoderar a próxima geração de mulheres para que elas sejam ousadas em suas lutas.”
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