5 dicas para aumentar sua autoconfiança
Experts ensinam como turbinar a admiração por si mesma, acreditar mais no que é capaz e conquistar o que você deseja.
Você passou horas fazendo um relatório, mas o chefe só tinha críticas ao trabalho.Ou tentou agradar ao parceiro o fim de semana inteiro e só recebeu reclamações. Ainda: tem se mantido fiel à dieta, mas os ponteiros da balança nunca baixam. Quando tudo dá errado, a primeira tentação é questionar a própria capacidade.
Resultado: a autoconfiança despenca e parece quase impossível erguê-la novamente. Mas há, sim, o que fazer. E é essencial que se faça. Afinal, é a crença em si mesma que permitirá assumir novos riscos e, consequentemente, trará evolução e conquistas.
Segundo o psicólogo e analista comportamental Fábio Caló, de Brasília, a primeira coisa a se fazer diante desse tipo de desânimo é listar habilidades e competências pessoais. “É um mecanismo de autoconhecimento que serve para melhorar a sua imagem pessoal”, explica.
Em seguida, é preciso buscar meios para desenvolver os pontos fracos detectados na sua avaliação. Autora de Como Ser Mais Feliz (DVS Editora), recém-lançado no Brasil, a pedagoga americana Liggy Webb acredita que se manter confiante exige esforço diário e boa dose de resiliência: “A pessoa que tem isso não só cresce com o erro como se torna mais aberta e disposta a aproveitar novas oportunidades”.
Já a executiva americana Becky Blalock, autora de Dare: Straight Talk on Confidence, Courage, and Career for Women in Charge (em tradução livre, Ouse: discussão sobre confiança, coragem e carreira para mulheres no comando), ainda não lançado por aqui, concorda e ressalta que o ingrediente-chave para turbinar a autoconfiança é a coragem para tentar de novo. “O fracasso não é uma sentença final, mas a indicação do que deve ser corrigido.” A seguir, cinco atitudes que ajudarão a acreditar mais em você. Assim, estará sempre pronta para enfrentar desafios e realizar sonhos.
1. Evite comparar-se aos outros
Há poucas coisas tão nocivas para a autoconfiança quanto basear sua avaliação pessoal em realizações alheias. “Como a colega consegue ir sempre à academia, cuidar dos filhos e ainda ser promovida?”, você se pergunta, colocando a própria capacidade em xeque. “Lutar para ser o melhor que puder é uma ambição mais realista”, defende Liggy. Segundo ela, a autoaceitação é o componente mais importante para manter a admiração que tem por si mesma em alta. Como começar? Admita que não será sempre a melhor em tudo e que está em constante desenvolvimento. De qualquer modo, é mais construtivo usar referências pessoais passadas: “Se tiver uma autoimagem clara, saberá como se superar”.
2. Forneça estímulos a si mesma
De acordo com Becky Blalock, diariamente, em torno de 65 mil pensamentos passam pela nossa cabeça. O problema é que 90%, ou seja, quase todos, são negativos. É mais fácil nos lembrarmos das vivências ruins do que das positivas, justifica. É por isso que estamos frequentemente nos criticando, dando banhos de água fria na nossa autoestima. Vem daí a importância de reconhecer seu mérito e apreciar a sua conquista sempre que fizer algo com qualidade, completa Becky. Ou seja, saiba se dar o crédito ainda que os outros não tenham reconhecido seu esforço. Para os momentos em que precisar de um incentivo a mais, ela indica relembrar conquistas e os feedbacks positivos já recebidos (de chefes, amigos, colegas de trabalho). É um modo de obter coragem para não desistir perante os atuais desafios, afirma. Dirija-se a si mesma com orgulho e concentre-se nas suas virtudes. O ideal é que as afirmações sejam sempre nos tempos presente ou futuro e em formato assertivo. Em vez de dizer não vou mais fazer isso, tente vou fazer isso de tal maneira, pois me trará resultados melhores’ , ensina Liggy.
3. Saia da zona de conforto
É natural torcer o nariz para qualquer atividade pouco familiar. Mas pode existir algo além de uma preguiça ocasional nesse gesto: medo de falhar. Quando reagimos assim, não realizamos uma fração daquilo que somos capazes. Becky alerta: “É impossível obter sucesso sem errar algumas vezes”. Entenda que o erro faz parte do processo de aprendizagem e não deve ser visto apenas como fracasso. Desafie-se – e, com o tempo, se sentirá mais segura ao fazer coisas até então inéditas para você.
4. Faça a lição de casa
Nem todo mundo é bom em improvisos. Para se garantir, certifique-se de que domina o assunto ou a tarefa que vai encarar – no trabalho ou na vida. “Sua mente precisa de preparo antes de um grande dia. Ou você ficará insegura e com medo”, diz Becky. No caso de uma reunião, conheça os dados necessários, pense em argumentos convincentes e em como rebater dúvidas e questionamentos. “Converse com pessoas que possam dar uma visão prática e realista ou até oferecer dicas exclusivas.”
5. Treine sua linguagem corporal
Sua postura pode sinalizar segurança, credibilidade e tranquilidade, convencendo os outros e, de quebra, turbinando a confiança em si mesma. Para Fábio Caló, o contato visual é básico na comunicação. Um olhar para o chão indica insegurança ou até que a pessoa está mentindo. Tocar o antebraço e o ombro do outro também fortalece a sintonia. “No entanto, o gesto funciona apenas em situações informais, como uma conversa com um amigo ou com alguém da mesma posição profissional”, alerta. Já os braços, idealmente, devem ficar soltos. Mantê-los cruzados sinaliza posição defensiva e demonstra falta de receptividade. Observe também quanto você gesticula enquanto fala: “Movimentar as mãos para acompanhar a fala mostra liberdade e certeza nas informações que transmite”, diz. Mas cuide para não cometer excessos – ou pode parecer agressiva.