O último dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro levou críticas políticas e homenagens a grandes personalidades à avenida. São Clemente, Vila Isabel, Salgueiro, Unidos da Tijuca, Mocidade e Beija-Flor fizeram a festa na Sapucaí.
São Clemente
Com o enredo “O Conto do Vigário”, a São Clemente abriu a última noite de desfiles da Sapucaí. Fazendo críticas em formato de sátira, a escola falou sobre os ‘trambiques’ no Brasil – da época dos golpes no período colonial às fake news. Em um desfile muito colorido, a São Clemente levou para a avenida um samba com coautoria de Marcelo Adnet. O humorista desfilou fantasiado de presidente da República, fazendo referências a Jair Bolsonaro. Os atores Érico Brás e Matheus Solano também participaram do desfile.
Vila Isabel
Segunda escola a pisar na avenida, a Vila Isabel levou o enredo “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil” à Sapucaí. O desfile celebrou os 60 anos de Brasília ao criar uma fábula indígena para recontar as histórias locais. Com diversas referências a indígenas e aos trabalhadores que construíram a capital federal, a escola teve Sabrina Sato como musa.
Salgueiro
Mirando o décimo título, o Salgueiro colocou o espírito circense na avenida. Com o enredo “O Rei Negro do Picadeiro”, a escola contou a história de Benjamin de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil, que completaria 150 anos em 2020. Com Viviane Araújo como rainha de bateria, o Salgueiro aproveitou a temática para retratar também a importância da música e do teatro país. Apesar do lindo desfile, a escola teve alguns problemas com dois carros logo no início da apresentação, o que ‘abriu’ alguns buracos na Sapucaí.
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Unidos da Tijuca
Quarta escola a desfilar no segundo dia do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca contou a história da arquitetura e do urbanismo, e imaginou um Rio de Janeiro melhor no futuro com o samba-enredo “Onde Moram os sonhos”. Das pirâmides do Egito às obras de Oscar Niemeyer, a escola fez uma crítica ao crescimento desordenado das cidades. Com a chuva que havia caído durante todo o dia na Sapucaí, o asfalto estava molhado. Rainha de bateria, a cantora Lexa escorregou e caiu logo antes do recuo da bateria, mas não se machucou.
Mocidade
Penúltima escola a desfilar, a Mocidade Independente de Padre Miguel fez uma homenagem a Elza Soares. Recontando a história da cantora de 89 anos, a escola relembrou momentos importantes da vida da musa, como o início de sua carreira e as agressões que sofreu em relações abusivas. Em busca de seu sétimo título, a Mocidade também relembrou participações da cantora em outros carnavais, como na própria escola em 1973 e 1976. Elza desfilou no último carro alegórico. O desfile também marcou a estreia de Sandra de Sá como compositora do samba-enredo.
Beija-Flor
Fechando os desfiles da Marquês de Sapucaí, a Beija-Flor apostou no enredo “Se essa rua fosse minha”. A escola fez uma homenagem a estradas, rotas e ruas que marcaram a história da humanidade, como a Broadway, Champs-Elysées e a própria Sapucaí. Destaque para Jojo Toddynho, que na ala dos bandeirantes e das exposições, interpretou Chica da Silva.
O resultado dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro acontece na tarde de quarta-feira (26).
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