Indo além da superfície, as cores sempre possuem um passado, significado e propósito cultural que muitas vezes é ignorado. Mas estas associações são importantes de serem entendidas, já que cores são uma parte fundamental de como experimentamos o mundo. A WGSN já falou aqui na Estilo sobre a história e o significado do rosa, e hoje vamos explorar mais o verde – que, em sua tonalidade clara e mais “ácida”, foi denominado a cor do ano pela Pantone, o Greenery.
Quando a Pantone anunciou o tom de 2017, em janeiro, ele veio com a explicação de que era um tom para um novo começo, pois remete aos primeiros dias da primavera. É uma cor de esperança por um ano mais calmo.
Historicamente, porém, o verde amarelado era feito de pigmentos que possuíam uma grande quantidade de arsênio, um elemento químico tóxico encontrado em diversos minerais. Por isso, a cor possuía uma conotação negativa, atribuída a elementos perigosos e até à inveja (a expressão “verde de inveja” é comum até hoje na língua inglesa).
Com a crescente importância da sustentabilidade e a popularização da indústria de bem-estar, o verde amarelado deixou seus significados negativos para trás. Além de ser uma cor-símbolo para o verbo “ir” (pense em semáforos, por exemplo), atualmente o verde é muito mais associada à natureza e ao bem-estar. Por isso,s e tornou uma cor muito popular para interiores. Apesar de ainda não ter ganhado tanta força na moda, o verde amarelado também pode ser associado à década de 1970, que teve um grande revival recentemente, deixando o tom mais comercial para as próximas temporadas. Marcas como Emilio Pucci, Vionet e Balenciaga pontuaram suas últimas coleções de inverno com a cor, e ela já começou a aparecer em looks de street style. Ela pode não ser tão popular ou comercial quanto o rosa, mas em breve poderemos nos acostumar a vê-la mais e mais por aí!