A versão live-action de ‘Aladdin’ (1992), estreou na última quinta-feira (23) com a promessa de aquecer os coraçõezinhos nostálgicos de quem era fã do desenho quando criança, mas também de conquistar uma leva de admiradores da nova geração.
O longa, que tem direção de Guy Ritchie, é realmente uma superprodução da Disney – o MdeMulher foi conferir tudo antes da estreia, e listamos as 16 principais diferenças entre as duas versões lançadas -, que não deixa nada a desejar nos aspectos visuais e, muito menos, na categoria figurino.
Entre os mais de 200 looks criados pelo figurinista Michael Wilkinson para a produção, destacam-se os visuais coloridos e luxuosos usados pela Princesa Jasmine, vivida por Naomi Scott, que no novo filme está bem mais empoderada e segura de si do que no desenho.
Wilkinson, responsável por criar os trajes de ‘Liga da Justiça’ (2017), ‘Joy: O Nome do Sucesso’ (2015) e ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça’ (2016) contou, em entrevista ao Fashionista.com, que sua intenção em ‘Aladdin’ foi celebrar a cultura árabe através das roupas que aparecem no filme, ao passo que o clima de magia, superpresente no desenho animado, também fosse respeitado.
Para isso sair do papel, foi feita uma intensa pesquisa de vestimentas, artes e esculturas originárias do Oriente Médio, tendo como principal referência as edições do clássico ‘As Mil e Uma Noites’ lançadas ao longo dos anos (para quem não sabe, ‘Aladdin’ é uma adaptação da coletânea). Inspirações também foram tiradas de roupas usadas por povos do continente Africano, Turquia e do Paquistão.
A Jasmine do live-action troca de roupa mais de dez vezes ao longo do filme, sempre respeitando uma paleta de cores que vai do azul turquesa (bem marcante no desenho), passa por tons de amarelo, laranja e marfim e chega à cartela vibrante de fucsia, rosa choque e roxo – tudo isso com uma pegada ostentação e referências explicítas aos trajes de mulheres do Sul da Ásia.
A riqueza de detalhes é impressionante e se faz presente nas coroas, joias douradas e pedrarias, nos bordados em ouro das calças e vestidos, e nos véus usados por ela.
Quanto à confecção das peças, geralmente muito bem estruturadas, pense numa junção entre materiais e elementos maximalistas, como seda, ornamentos nos bordados e a estampa Paisley (aquele padrão em formato de gotas rendadas, originário do Irã) – mangas e barras bufantes completam a proposta.
Leia Mais: Num mundo ideal, teríamos tudo da coleção Life by Vivara inspirada em Aladdin
As calças largas e azuis por baixo do vestido clássico de princesa (um contraste bem pensado) não estão lá por acaso: elas representam a vontade e a capacidade de Jasmine de se movimentar (literal e figurativamente) para conquistar o posto de sucessora da falecida Rainha de Agrabah.
“Nós demos a ela cores muito fortes e um estilo pessoal ousado para refletir sua confiança e sua natureza determinada (…) Uma boa metáfora para Jasmine seria a de um pavão preso em um jardim da realeza – um lindo mundo rarefeito – que quer se tornar um espírito livre”, explicou Wilkinson, na entrevista. O pavão citado pelo figurinista é um elemento encontrado, principalmente, nas joias usadas por Jasmine, como a pulseira, herança de sua mãe, e nas cores dos looks.
Ah! Não podemos esquecer de falar sobre o icônico traje azul turquesa do desenho animado, que foi repaginado para a versão 2019 da história.
Ao contrário do ‘Aladdin’ de 1992, que mostrava uma Jasmine quase sempre com a barriga de fora, o conjunto de top e calça desta adaptação é contemporâneo e praticamente peça única, com tons de dourado, capa de pavão (olhem só) e apenas uma transparência bem sutil na região do abdomen.
No fim das contas, a Jasmine de 2019 evoluiu e está do jeito que mais gostamos: confiante, empoderadíssima e muito bem vestida.