A marca de moda Handred, com suas raízes no Rio de Janeiro, busca inspiração no modernismo para suas coleções atemporais. Sua nova linha, a Capitonê, oferece combinações ideais para a transição do inverno para o verão, com tons de sépia, bege, madeira e couro, além de estampas criadas a partir das pinceladas da artista Kika Diniz, demonstrando a conexão da marca com as artes e o design moderno brasileiro. Conversamos com André Namitala, diretor criativo da marca, para conhecer mais detalhes da coleção.
O nome Capitonê faz referência a uma técnica de estofamento manual frequentemente usada em couro para decoração, comum em móveis de design moderno brasileiro. “Queria trazer a sensualidade do volume e as curvas do couro tensionado em um recorte mais fresco para o verão, então a matéria prima escolhida para retratar foi a seda e o linho. Acho lindo as rugas e as sombras que o capitonê faz, então achei que seria legal brincar com luzes e texturas de pinceladas à mão. Amo a densidade da tinta acrílica, e encomendei uma pintura para a artista Kika Diniz”, conta ele.
A participação de Kika Diniz demonstra a ligação da marca com o mundo das artes e sua admiração pelo design brasileiro moderno. “Quando fazemos parceria com artistas, a história que vamos contar naquela peça passa a ser muito mais profunda. É a união de cabeças artísticas inquietas e pensantes. Aquela ideia inicial do artista sobre sua própria obra vira uma nova matéria quando se transforma em roupa. Às vezes o tecido é limitador, o caimento muda, a estampa dá uma outra ideia. No fim, temos uma nova obra de arte, feita a partir da união dessas ideias, técnicas e saberes”, pontua o diretor. “O capitonê por si só já apresenta um volume, um certo tipo de movimento e curvas no couro, foi uma espécie de metalinguagem essa tradução para a estampa”, completa.
A valorização do artesanato e a dedicação ao trabalho manual é marcante na Handred: as peças trabalham bordados demorados, botões forrados aplicados à mão e uma técnica específica de patchwork, demonstrando o compromisso com a qualidade e a autenticidade em cada peça. “Esses momentos de troca são muito importantes para mim. Você adentra em outras práticas, encontra e conhece novos modos, se reconhece em alguns também. O resultado vira quase uma terceira pessoa. É bastante pessoal”, acrescenta ele.
“Essa coleção carrega o calor da madeira e do couro, também não tem adornos, preza pelo etéreo e pelo prático, assim como esse período na arquitetura. É um sofisticado que funciona de diferentes formas e em diferentes ocasiões, preza pela utilidade prática e bela ao mesmo tempo. Um equilíbrio entre conforto e atemporalidade. A roupa é feita pra durar”, completa André Namitala.
As coleções da Handread geralmente trazem uma liberdade de movimento e o uso de materiais naturais. André ressaltou como esses princípios se refletem nas peças na Capitonê. “Só usamos matéria-prima natural. Essa é nossa regra número um. Em Capitonê, temos produtos de seda, linho e algodão”, garante. Eles prezam pelo conforto e itens elegantes.
A coleção Capitonê foi lançada nesta segunda-feira (18) e aqui você pode encontrar mais informações.