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Guia de autenticidade da bolsa de luxo

Especialista em marcas de luxo explica os detalhes que provam a autenticidade das bolsas mais poderosas da moda

Por Marina Pedroso
Atualizado em 20 jan 2020, 13h46 - Publicado em 20 Maio 2017, 10h00
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  • Quem nunca quis ter um pedacinho de riqueza no closet? Pois é por causa desse desejo que vive no imaginário feminino que marcas como Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Balenciaga, Dior, Fendi e Prada viram alvos da indústria da réplica.

    Patrícia Niemeyer Sardenberg sabe bem disso: depois que criou o Etiqueta Única, brechó de luxo online, passou a se deparar com a questão e a necessidade de ter uma equipe especializada em análise de autenticidade.

    “O mercado paralelo é muito forte e a dúvida sempre existe”, conta. “Cada marca possui algumas premissas de verificação, como uma tabela de todos os itens que precisam ser analisados, e é ela que usamos para fornecer nosso próprio certificado de autenticação”.

    A própria Patricia, ex-Daslu e nora da atual diretora da Dior no Brasil, é expert no assunto – e divide com ESTILO as principais dicas para você ficar de olho na hora de comprar uma bolsa:

    LOUIS VUITTON

    Materiais e estampas
    –  Couro legítimo – O couro utilizado para fabricação das bolsas Louis Vuitton são de excelente qualidade, apresentando um envelhecimento específico e maravilhoso com o uso. Para identificar a legitimidade do couro, há alguns truques: se for muito liso, pode desconfiar. Geralmente o couro não é perfeito e os originais contêm alguma marca ou ruga. Outra dica é sentir o cheiro do tecido, que é bem forte e específico.

    – Canvas – Muitas bolsas da Louis Vuitton são fabricadas com um tecido produzido a partir do algodão. O canvas (lona em inglês) passa por diversos processos de tratamento para fortalecer a durabilidade e garantir a impermeabilidade. Mesmo nessas peças, alças e acabamentos são apresentados em couro legítimo.
    Logomarca
    -Cada peça tem o monograma formando uma estampa, que sempre está alinhada e simétrica independente da sobreposição da aba com o corpo da bolsa. E sim, o monograma pode estar cortado na costura, mas é sempre inteiro no meio da peça. Inclusive pode estar de ponta-cabeça se uma peça é inteiriça e o canvas é contínuo.

    Divulgação Divulgação
    Metais e fechos
    – Verifique se os fechos e puxadores dos zíperes possuem inscrição com a logomarca.

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    – Atente-se ao funcionamento dos zíperes presentes na bolsa. A marca realiza teste com maquinários que abrem e fecham os zíperes cinco mil vezes para garantir o padrão de qualidade do material.

    Costura
    – Os pespontos nos produtos da marca são impecáveis e possuem o mesmo número de costuras dos dois lados das alças.

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    Código de autenticidade e etiquetas
    – Os códigos de autenticidade das bolsas, presentes no interior dos produtos, possuem letras e números. Podem ser apresentados de diferentes formas: em uma etiqueta interna ou gravado diretamente no forro, seja ele de couro ou outro material.

    – Atualmente, produtos Louis Vuitton são fabricados na França, Estados Unidos, Itália, Espanha e Alemanha. Atente-se à inscrição do local de fabricação e certifique se apresenta um desses países.

    CHANEL

    Materiais
    –  As bolsas da Chanel são produzidas com couro de carneiro ou couro caviar.

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    – Se encontrar resíduos de cola no couro da bolsa, atenção! As réplicas são coladas, enquanto as originais são todas costuradas.

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    Metais e fechos
    –  No modelo 2.55, o fecho é retangular e sem o logotipo da marca. A alça é uma corrente composta por três elos metálicos entrelaçados. No caso do modelo Flap clássico, o fecho possui logomarca (dois C’s sobrepostos) e alça de corrente com couro entrelaçado.

    Logotipo

    – Observe a sobreposição dos C’s no fecho da bolsa. As originais apresentam o C da direita sobre o C da esquerda na parte superior e, na parte inferior, o C da esquerda sobre o C da direita.

    –  Na parte de trás do fecho, no interior da bolsa, encontram-se duas palavras: Chanel (à esquerda) e Paris (à direita).

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    Relevos
    –  Relevo matelassê: nota-se o encaixe perfeito da padronagem em todos os ângulos, no encontro da aba da bolsa com o corpo, nas laterais e na aplicação de bolsos. Independente do corte que houver na peça, o matelassê deve ser contínuo.
    Etiqueta 
    – Na parte interna da bolsa, a logomarca da Chanel encontra-se centralizada e gravada em folha de alumínio da cor dos detalhes metálicos.

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    Holograma
    – A etiqueta, o adesivo e o design do holograma variam de acordo com a data de fabricação. As produções mais recentes, a partir do ano 2000, contam com adesivo revestindo a etiqueta. Esse adesivo possui um leve brilho (parecido com purpurina), corte nas transversais e o número de série, que varia entre sete e oito dígitos. Esse número é exatamente o mesmo do cartão de autenticidade que vem acompanhando a bolsa.

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    GUCCI

    Materiais
    – Todos os produtos da Gucci são fabricados com tiras de couro legítimo.

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    Costura
    –  Os pespontos devem estar alinhados e totalmente sem falhas.

    Logomarca
    –  No material: os G’s que formam o padrão das peças da Gucci devem estar visíveis e padronizados, e não borrados ou cortados. As bolsas em couro possuem o GG marcado no tecido, formando uma estampa – nunca impressos em cima da superfície do produto.

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    Etiquetas e número de autenticidade
    –  O número de cada peça da Gucci está na parte de trás da etiqueta interna, sendo a série superior indicadora do código do modelo da bolsa. Nas versões atuais, esse número possui 6 dígitos em cima e embaixo. Caso seja uma peça vintage, a análise precisa ser feita com fosse em outros itens, como costura, material e logos.
    – A logo da Gucci deve ser limpa e precisa, e possuir o inscrito “Made in Italy” embaixo.

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    Metais e fechos
    –  Os metais e fechos dos produtos Gucci devem ser pesados e muito bem feitos. Normalmente possuem a logo da marca inscrita.

    – Os zíperes podem ser feitos tanto em metal quanto em plástico. Se for de metal, eles devem ter o nome da Gucci gravado.

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    Acessórios

    – Quando o vendedor da peça nos disponibiliza, a equipe de análise do Etiqueta Única também inspeciona a embalagem e os livretos, que devem ser impressos. As embalagens antigas eram pretas e pratas, depois foram trocadas para cor de mel e, atualmente possuem tom de marrom escuro.

    Informações sobre outras marcas podem ser checadas em https://www.etiquetaunica.com.br. O serviço de autenticação do produto pode ser contratado independentemente da intenção de venda ou compra. Ao final, caso a peça seja aprovada, é fornecido um selo de autenticidade e qualidade com um lacre codificado.

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