Nesta semana aconteceu, em Belo Horizonte, a 24ª edição do Minas Trend, fashion week mineira que costuma adiantar as principais tendências em matéria de roupas e acessórios para a próxima estação. Dessa vez, o evento focou na temática “Em Dias de Sol”, e trouxe palestras, desfiles abertos ao público e, claro, uma série de apostas legais de expositores e estilistas para o verão 2020.
Destaque para a Skazi, uma das marcas mais conhecidas do estados de Minas, que mirou no mood praiano e atual, apresentando uma coleção que incluía hot pants, chapéus gigantescos e outros tipo bucket (aquele menorzinho, com abas largas e viradas para baixo). Já na Fátima Scofield e na Patrícia Motta, a proposta tinha uma pegada mais romântica, com silhuetas bem marcadas e modelagens clássicas. Teve, ainda, uma chuva de looks festivos e luxuosos, desfilada pela Raquel de Queiroz, além dos babados, mangas bufantes e bordados na passarela vintage da Denise Valadares.
O MdeMulher estava lá para acompanhar de pertinho os principais desfiles do evento, e a seguir a gente destrincha algumas das novidades mais legais e utilizáveis mostradas em cada um deles.
Skazi
A inspiração da Skazi, comandada pelo estilista Eduardo Amarante, foi o surf, tomando como ponto de partida a história da australiana Isabel Letham, instrutora de natação e uma das mulheres surfistas pioneiras da história.
Com uma espécie de alfaiataria esportiva, o desfile foi marcado por peças confortáveis, como calças soltinhas, jaquetas listradas com comprimento máxi e macacões com amarração. A “novidade” fica por conta dos looks com corte mullet (mais curto na frente e longo na parte de trás), hit há uns bons quatro ou cinco anos.
Vai pegar: Na nossa opinião, porém, o que pretende pegar mesmo são as hot pants, os dois modelos de chapéus desfilados pela marca – tanto o grandão de abas largas quanto o bucket -, além da estampa tie dye, que vem ensaiando um retorno há algum tempinho (e da qual Gigi Hadid já provou ser fã).
Raquel de Queiroz
Essa foi a primeira vez que a estilista Raquel de Queiroz, especializada em moda festa, desfilou no Minas Trend, levando para a passarela a coleção “Poesia”, inspirada nos anos 1920 e em textos clássicos como os de Vinicius de Moraes e Machado de Assis, que marcaram a infância da designer.
As peças, em uma paleta envolvendo bege, rosa, cinza e preto, além dos metalizados, traziam bordados preciosos feitos a mão, comprimentos que iam do mini ao longo e transparências sutis.
Vai pegar: Em matéria de tendência festiva, apostamos todas as fichas nos vestidos com capa, nos de tule, nos macacões bordados – que vez ou outra substituem até vestidos de noiva – e nas peças com aplicações de plumas nas mangas e barras.
Denise Valadares
Misturando referências de moda das décadas de 1970 e 80, a Denise Valadares, em parceria com Alberth Franconaid, levou a coleção “Crystals”, em tons que vão do bege claríssimo ao amarelo-gema, até o Minas Trend. Para representar os anos 70, looks românticos e aplicações de pedrarias feitas a mão, enquanto o clima 80’s estava presente nas peças volumosas e cheias de camadas.
Vai pegar: As saias e vestidos com babados, os conjuntinhos monocromáticos de blazer + calça (ou shorts) em tons de pink, amarelo e branco e os tênis plataforma, que contrastam com os tecidos delicados.
Fátima Scofield
A Fátima Scofield, grife comandada pelo designer Daniel Corrêa, apresentou a coleção “Hileia”, para traduzir a beleza presente na flora e na fauna da Floresta Amazônica (‘Hileia’ foi o nome que Alexander von Humboldt e Aimé Bonpland, naturalistas de origem europeia, deram à floresta), mas evitando cair no óbvio.
Pense em vestidos com cintura marcada e saias amplas tipo princesa, em uma modelagem que nos remetia à década de 50, combinados a botinhas atuais brancas, azuis e vermelhas. Além disso, a coleção contava com peças fluidas e longas, com drapeados feitos a mão. As flores estavam presentes nos prints de orquídeas, em uma cartela que mesclava amarelo, vermelho e roxo.
Vai pegar: Estamos de olho nas bolsas mini (mini MESMO), que também já foram destaque em passarelas gringas, bem como nas sobreposições de top e t-shirt branca e nos conjuntinhos – monocromáticos ou estampadões – de blazer com calça.
Patrícia Motta
Em um desfile sensorial que se desenrolava junto com mudanças na cor das luzes e no som tocado por uma harpa, Patrícia Motta, estilista expert em couro artesanal, apresentou a coleção “Cura”, que remetia na hora aos quatro elementos da natureza.
Dividido em quatro atos, cada um deles trazendo peças que representavam água, ar, terra e fogo, respectivamente, o show mostrou vestidos com babados e barras assimétricas, macacões tipo pantacourt com flores pintadas a mão e conjuntos trabalhados em uma estampa bicolor.
Vai pegar: Em matéria de acessórios, atenção especial para os óculos de sol diferentões, com design geométrico. Já no vestuário, os shortinhos e bermudas de couro prometem agradar o público, assim como os blazers, quase uma unanimidade em todas as coleções vistas nesta edição do Minas Trend.