Afastem-se as básicas, chegou a vez das cores traduzidas em força, experimentação e alegria: as vibrantes e saturadas. “Cor, na maioria das vezes, é o elemento do look de maior impacto visual, especialmente quando são mais vivas”, explica a consultora de moda Paula Chiaradia. Com tanta importância, quem quer brilhar em 2023 precisa saber como combiná-las e, pensando nisso, a CLAUDIA separou uma por uma para você.
As cores tendência em 2023
Viva Magenta, azul bebê, amarelo e vermelho. Elas têm tudo para aparecer nas vitrines neste ano. Embora seja difícil definir uma única linha de tendência, por diversos movimentos acontecerem ao mesmo tempo, Sara Brunelli, consultora de estilo, afirma que o colorido, como herança da moda dopamina, tem mais uma oportunidade de ascensão. “As pessoas, cada vez mais, estão entendendo a possibilidade de expressar-se por meio dele.” O azul bebê aparece como exceção, útil para quem prefere tons suaves.
Os significados que elas têm podem variar de acordo com a composição, que também tem textura, modelagem, padronagem, formas e linhas, diz Paula, “por isso, é importante avaliar o look como um todo antes de emitir um parecer parcial sobre o efeito dele”, e completa: “As cores, de modo geral, ganham destaque por serem vibrantes, e normalmente transmitem vivacidade, energia, criatividade, ousadia, jovialidade e diversão”, o que pode sofrer mudanças de acordo com a cultura e o local em que você está.
“O círculo cromático mostra possibilidades de combinações complementares, análogas e tríades. Ele considera a harmonia e sempre pode ser consultado para te ajudar”, afirma Sara, que acredita ser ainda mais bacana observar combinações da própria natureza, como o pôr do sol, para usar como inspirações para os looks.
Viva Magenta
A Pantone anunciou o Viva Magenta como cor do ano, depois de um estudo de comportamento e tendência. Vitalidade, renovação, diferença e autonomia são alguns dos efeitos que podem ser transmitidos com a ajuda dele. Ele pode ser combinado com sua cor complementar, o turquesa, e tons de azul.
Vermelho
A cor mais sexy não fica de fora da lista e, para quem deseja causar impacto, pode ser combinada com outra vibrante, como o laranja ou o amarelo, de acordo com a consultora de estilo. “Se quiser um ponto focal, pode aparecer em uma peça ou acessório junto de uma base neutra.” E recomenda: “Comece pelo que você quer usar e pense nas possibilidades a partir dele, editando de acordo com a ocasião, seu mood e sua intenção.”
Cores do pôr-do-sol
Os tons do pôr-do-sol devem dominar os guarda-roupas nesta temporada. Aqui, temos a união das cores laranja, amarelo e azul, em peças que destacam as curvas. O segredo é não adicionar outras a elas, para que o efeito esperado não seja atrapalhado.
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Baby blue
Substituindo o rosa estimulado pelo Barbiecore, o azul bebê apareceu nas passarelas da Prada, Emporio Armani e Burberry. Como alternativa às cores vibrantes, ele funciona em composições suaves e nada óbvias, seja em apostas monocromáticas ou naquelas juntas ao amarelo.
Amarelo
No Brasil, apareceu como estrela em 2022 em jovens que seguiam o Brazilcore, mas agora ele tem uma oportunidade internacional de brilhar. Em uma composição com cores opacas, pode ser o ponto focal, ainda que ocupe menos espaço, segundo Sara, e essa é a dica para ele.
Coloração pessoal é aliada
A análise de coloração pessoal apresenta as cores que mais harmonizam com as características do cliente, e é uma grande aliada. “A beleza natural carrega três especificidades: temperatura, profundidade e intensidade”, segundo Paula. Assim, algumas pessoas são mais valorizadas por uma cor em detrimento de outras. Os tons intensos e vivos, para a especialista, têm mais harmonia com mulheres de cartelas inverno brilhante e primavera brilhante. Verão suave e outono suave, por outro lado, são desvalorizadas por elas. É possível, no entanto, driblar a cartela: “basta usar a cor longe do rosto, como na parte de baixo do look.”
Invista no que te deixa confortável
“Devemos vestir mais o que traz sensações positivas e menos o que está na moda, só por estar na moda”, opina Sara, que ainda diz: “as tendências são mais para testarmos, e aí vale o pensamento crítico se faz sentido ou não dar uma chance — nunca pensando em só estar na moda, mas em nutrir o próprio estilo com novidades e experimentações.” Por fim, afirma que “estar na moda, atualmente, é se expressar sem se prender às regrinhas e convenções. Direcionar o próprio estilo faz com que essas tendências sejam nossas amigas.”