Você já vestiu uma cor e se sentiu completamente apagada? Ou então tem aquela que repete sem medo por saber que sempre te deixa incrível? As cores são grandes recursos para exteriorizar nossa personalidade e humor, mas também é preciso certo cuidado na hora de escolher – afinal, essas impressões não são aleatórias: segundo a colorimetria, realmente existem aquelas capazes de te destacar ou apagar, e conhecer a sua paleta de cores pessoal é um ótimo passo para quem deseja se vestir melhor.
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Para te contar como descobrir sua paleta de cores pessoal, CLAUDIA conversou com Andressa Gomes consultora de imagem e estilo, especializada em coloração pessoal que te ajuda a desvendar mais esse seu lado na moda.
Vista suas roupas reparando no que mais se destaca em você
Colorimetria prova que moda também é ciência, pois é entendendo ela que conseguimos compreender as cores que são nossas aliadas. “Nossa pele tem características. Algumas tem mais hemoglobina, o que garante um tom mais frio, e outras possuem mais caroteno, com a pigmentação da pele mais quente. Tem o tom de pele oliva que pode enganar, pois possuí todas as características de pele quente e combina com cores frias. Por isso, indico às pessoas vestirem suas peças, mas com olhar aguçado no que mais acende em você. Faça isso em frente ao espelho, acompanhada de uma ótima iluminação para não ter erros”, ensina.
No dia que for fazer a experimentação, Andressa recomenda que você separe e vista peças com cores quentes e frias. Por exemplo: uma blusa amarela mostarda bem terrosa e fechada e depois um pink bem aberto e frio para ter a dimensão de quais cores harmonizam mais e realçam os seus traços naturais.
Dentro do estudo também é observado se a temperatura da sua pele é quente, média ou fria; A profundidade sendo clara, média ou escura; Intensidade opaca, média e brilhante; E o tom é dado pela melanina, que define a coloração. Chega a lembrar algumas partes da edição de fotos para quem já teve experiência com aplicativos profissionais.
Perceba a sua própria beleza
Agora é a hora de reparar em si mesma em frente ao espelho e perceber o que se repete na sua característica. ”Na parte do contraste a gente consegue ver a repetição, tanto que eu costumo dizer que beleza é a repetição. Então para reparar no que em mim se desdobra como a cor da minha sobrancelha, que é a mesma do meu cabelo, cílios, que se contrastam com os meus olhos e por aí vai. A partir daí eu consigo mensurar se o meu contraste é médio, alto ou baixo e também posso repetir esse processo nas peças que penso em vestir”, orienta.
Infelizmente nem tudo dá para fazer em casa, e esse é o caso do subtom. “Para nos orientar nas escolhas de looks e acessórios a partir da colorimetria entendemos que é muito pelo tom de pele e contraste. Mas como na pele nos orientamos pelo fundo que ela tem, é preciso procurar uma consultora de imagem e estilo para entender com testes mais específicos e aprofundados como de fato funciona o seu”, explica.
Cores universais que vão bem com todo mundo
De acordo com Andressa, existem sim cores que harmonizam bem com todos os tipos de pessoas e elas são: Azul petróleo, turquesa, verde garrafa, verde esmeralda, vermelho melancia, rosa goiaba, vinho, lilás, azul marinho, azul jeans, fendi e off white.
Outro ponto levantado pela consultora são os tons das estações. “Geralmente, quando falamos de verão, automaticamente na nossa cabeça vem cores quentes e inverno cores frias. E se eu te contar que é o inverso, você acredita? No verão nos baseamos pela paisagem da estação que é mais fria, no outono é aquele azul do final da tarde indo para noite que é mais fechado”, exemplifica.
Como funciona uma consultoria de descobrimento de paleta de cor pessoal?
A consultoria lembra um pouco do que aprendemos a fazer em casa, mas tem as suas especificidades. “Na prática, fazemos o teste com a pessoa de cara lavada, com faixa no cabelo para isolar o rosto, luz natural, espelho na frente, e logo na altura do pescoço, usamos os tecidos específicos de inúmeras cores e tons. Vamos colocando um a um e observando, não apenas as cores dessa pessoa, mas também as mudanças que vão acontecendo a olho nu e confirmando as que funcionam ou não, concluindo no final a estação e a cartela natural e ideal para consumo e uso”, revela Andressa.