Como bem disse Adele, “Lemonade”, o álbum visual de Beyoncé, é monumental. E para um CD tão especial, nada melhor do que uma performance de tirar o fôlego. E, ao som de “Love Drought” e “Sandcastles”, a estrela brilhou (ainda mais).
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Obviamente, para uma apresentação tão incrível e cheia de significado, Queen B. precisava do look certo. A artista recrutou, então, o estilista Peter Dundas, parceiro dela de longa e a mente por trás do icônico vestido amarelo usado por ela no clipe de “Hold Up”.
A clara referência da produção – uma obra de arte – era a inspiração em Oxum, filha de Iemanjá e Oxalá. Cultuado no Candomblé e na Umbanda, segundo a mitologia iorubá, é um orixá feminino que reina sobre a água doce dos rios e cachoeiras. Representa riqueza, amor e beleza.
Além disso, o designer também bebeu na fonte das criações simbolistas do pintor austríaco Gustav Klimt e nos motivos art déco do francês Erté. “Eu gosto de criar histórias em uma peça de roupa”, disse ele em entrevista à Vogue norte-americana.
Outro grande detalhe da peça é o “retrato de família” presente nela. No centro da barriga está um medalhão bordado com a imagem estilizada de Beyoncé. Prestando bastante atenção, é possível ver também nos quadris a imagem de dois querubins (os gêmeos?) vestidos com uma planta trepadeira (ivy, em inglês).
Isso é arte e sincretismo religioso no palco da principal premiação musical do mundo.