A Semana de Moda de Paris, que terminou ontem (03), levou às passarelas a preocupação com o meio ambiente. Os desfiles com coleções outono/inverno 2020-2021, como Balenciaga e Stella McCartney, provocaram reflexões sobre a crise climática. O editor de moda de CLAUDIA, @fabioishimoto, aborda os destaques:
Saint Laurent
Vinil e látex trouxeram ares fetichistas ao desfile de inverno da marca. Saias lápis, leggings, corsets e lingeries aparentes reforçaram a imagem sexy chique da mulher Saint Laurent.
Givenchy
Com inspiração em filmes da Nouvelle Vague e pesquisas na Maison Givenchy, a coleção veio mais formal, com looks de alfaiataria e uma cartela de cores com preto, branco e vermelho predominantes. Casacos, blazers e vestidos com ombros estruturados trouxeram imponência, assim como os bonitos vestidos de festa.
Celine
@hedislimane, estilista que já passou pela Saint Laurent e pela Dior Homme, é conhecido por imprimir seu estilo pessoal às coleções que assina e não foi diferente neste desfile. Todos os seus códigos estavam na passarela: camisas de laço, jaquetas com brilho, calças skinny pretas, jaquetas de couro. Consistência ou mera repetição, suas criações seguem provocando desejo e fazendo sucesso absoluto.
Balenciaga
Em uma passarela coberta d’água, looks escuros cobrindo praticamente todo o corpo, remetiam à ideia de proteção. Demma Gvasalia, diretor criativo da marca, é um provocador nato, sempre fazendo observações sociais sobre o mundo atual, ecologia, política e religião em suas apresentações. Ele provoca e mais uma vez nos fez refletir por meio de um desfile dramático e arrebatador.
Miu Miu
Pedrarias e aplicações delicadas combinadas de forma harmônica com sapatos de spikes de metal como só Miuccia Prada consegue fazer. Uma coleção jovem e atual, com muitos casacos acinturados, bodies de tricô e proporções volumosas, como no vestido balonê e nas puffer jackets arrematadas com cintos. Tudo altamente desejável.
Stella McCartney
Pessoas fantasiadas de animais (coelho, vaca, cachorro, etc) recebiam os convidados do desfile da marca que há quase 20 anos não usa nenhum produto de origem animal em suas criações. Nenhum tipo de couro, pele ou pena fazem parte da coleção da estilista, conhecida também por sua alfaiataria impecável e cortes precisos. Nessa estação, seus clássicos vieram acompanhados de casacos de pelo, pijamas e caftans de silhueta afastadas do corpo, confortáveis e despretensiosamente chiques.
Chanel
A mais tradicional das grifes francesas exibiu um desfile mais casual do que o habitual. Calças com aberturas laterais usadas com botas de cano médio, vestido tomara que caia com mangas bufantes, saias lápis com maxi fenda e tops cropped trouxeram jovialidade e frescor à coleção.
Como se livrar das dívidas e multiplicar seu dinheiro