Biquínis e maiôs são lindos, cada vez mais versáteis (ainda mais no verão) e ninguém quer ter um só. O problema é que roupas de banho são feitas, geralmente, em poliamida (a famosa lycra), um tecido plástico. E já sabemos que esse tipo de tecido, ao ser lavado, solta microplásticos vão parar nos oceanos, contaminando solo e água. Ainda bem que já existem alternativas e marcas de moda praia que apostam em tecidos ecológicos, inclusive em poliamida biodegradável. Apesar de ser também de plástico, esse tecido, quando descartado corretamente, se decompõe entre três e quatro anos, graças aos microrganismos presentes nos aterros sanitários, que fazem esse trabalho. Para curtir o melhor do verão de uma maneira consciente, CLAUDIA indica cinco marcas brasileiras de biquínis sustentáveis.
Kilwend
A marca catarinense de moda praia e active wear fabrica suas peças em algodão com certificação BCI (Better Cotton Iniciative, ou Iniciativa para um Algodão Melhor). A BCI é uma organização sem fins lucrativos criada em 2005, que reúne produtores, beneficiadores, fabricantes, comerciantes e entidades da sociedade civil numa parceria global para uma produção têxtil mais consciente e sustentável. Assim, muitos dos biquínis, maiôs e demais peças da Kilwend são fabricados com algodão rastreável e com a certificação BCI. O algodão orgânico é tingido com tons naturais extraídos de frutos e vegetais. E o algodão egípcio usado pela marca é criado a partir da reciclagem de resíduos têxteis.
Cajuera
Como alternativa à poliamida convencional, a Cajuera, marca capixaba, aposta em tecidos de poliamida biodegradável, uma alternativa que tem se apresentado cada vez mais nos desfiles de moda praia. Com longa durabilidade de uso, o tecido dos biquínis e maiôs é biodegradável e, quando descartada corretamente em aterros sanitários, as peças se decompõem em três anos, enquanto a maioria daquelas fabricadas em poliamida tradicional ou outros tecidos à base de plástico levam até 200 anos para se decompor. Outro ponto forte de sustentabilidade da marca é que ela utiliza água de reuso nos processos de fabricação.
Emi Beachwear
No mercado desde 2016, com peças pintadas a mão, a Emi Beachwear faz biquínis e maiôs em tecidos naturais ou sintéticos biodegradáveis, que se decompõem em até quatro anos se descartados corretamente em aterros sanitários. A produção desses tecidos é feita com água reutilizada que, posteriormente, é tratada e devolvida limpa para o meio ambiente.
Levh
A Levh é a primeira marca brasileira a fazer moda praia com tecido fabricado a partir do nylon regenerado de redes de pesca e outros tipos de nylon descartados nos oceanos e aterros. O algodão usado nos maiôs, biquínis e sungas tem o certificado BCI, e os tecidos são biodegradáveis, se decompondo em até quatro anos. Além disso, 1% do valor de cada peça vendida às instituições SOS Amazônia e Eco Surf.
Pitaia Rio
A sustentabilidade é o foco dessa marca carioca fundada em 2019. Todos os biquínis e maiôs são feitos de poliamida biodegradável, e a viscose, algodão e seda pura usadas nas peças têm certificados e selos ecológicos. Toda a produção é feita por costureiras contratadas no Rio, as etiquetas são plantáveis (elas virão margaridas) e as embalagens são feitas sem plásticos. A Pitaia também aposta no upcycling: as sobras de tecido viram scrunchies de cabelo que acompanham cada pedido. Ah, e para quem compra diretamente no Rio de Janeiro, as entregas são feitas de bicicleta.