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Anna Lima: “Achei que minha vida tinha acabado com a menopausa”

Após seu ciclo reprodutivo chegar ao fim, a atriz Anna Lima trilhou uma longa caminhada até encontrar paz em sua nova fase

Por Lorraine Moreira
14 jul 2025, 08h00
Anna Lima é atriz, empresária e casada com o rapper Gabriel, o Pensador.
A atriz Anna Lima compartilha como foi seu processo de aceitação da menopausa.  (Colagem Mika Nanba/Divulgação)
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Era cedo, num dia qualquer, e Anna Lima sentia medo. Seus 47 anos a prepararam para enfrentar os percalços da vida, mas a atriz não estava pronta para o que ouviu da médica. “Pode ser menopausa”, repetiu em sua mente ao escutar a especialista. A simples menção a deixou sobressaltada. “Lembrei que, durante uma novela, uma colega disse ‘quem entra na menopausa embaranga, despenca, fica de mau humor, não quer transar e perde a libido’ e entrei em desespero.”

A médica recomendou um exame de sangue para investigar a hipótese. Ao contrário do primeiro teste, que ainda não acusava o fim da vida reprodutiva, o segundo comprovou a chegada da menopausa. E ela entrou em pânico. “Era como se tudo de ruim fosse acontecer e minha vida tivesse acabado”, recorda. Até aquela consulta, ela sequer levantava essa suspeita.

Sentia calor, mas culpava o ar-condicionado. O humor andava estranho, mas achava que era coisa do cérebro. Os sinais estavam ali, mas era difícil enxergar. “Achei que estava enlouquecendo, procurei um médico porque queria cuidar da minha cabeça.” Diante do diagnóstico de menopausa e do histórico familiar de câncer de mama da paciente, a especialista recomendou que Anna fizesse um teste genético antes de iniciar qualquer reposição hormonal.

Mas era época de pandemia, e o exame, que deveria sair em 15 dias, levou três meses. Nesse tempo, os efeitos continuaram a se intensificar. “Não é como se eu rejeitasse o sexo, por exemplo, mas parecia que ele tinha sumido da minha cabeça.” Se, por um lado, houve uma longa espera para ser autorizada a fazer a reposição hormonal; por outro, o tratamento respondeu rápido.

“Quando comecei a reposição, mesmo com uma dose pequena, voltei a ser eu de novo.” Ainda assim, aconteceram tropeços no caminho. Ela passou a sentir dor nas relações sexuais e, depois de conversar com a ginecologista, mudou a forma de repor a testosterona. Em vez de a aplicação acontecer no braço, adotou a intravaginal.

Não sou mais obrigada a conviver com gente que reclama, que se arrasta, porque assim como a alegria contagia, a chatice também se alastra. Aos 51 anos, quero é viver bem

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Junto da médica, foi ajustando as questões até que, hoje, cinco anos depois, vivesse em paz com a nova realidade. Entender que a mudança seria para sempre foi o ponto de partida para isso acontecer. “Quando percebi que a menopausa estaria comigo pelo resto da vida, escolhi conviver bem com ela.

A gente vai até os 70, 80, 90… e a menopausa é só uma nova fase. Agora que cheguei ao topo da montanha, não vou descer reclamando”, comenta ela. Hoje, percebe que o medo que sentia no princípio era fruto da pouca informação e das falas assustadoras que as pessoas a direcionaram. “Ninguém vira para uma menina de 10 anos e diz: ‘Se prepara, sua menstruação vai ser horrível, você vai ter cólica, o parto vai ser traumático’.

A gente passa por tudo isso, e depois aprende a lidar. A menopausa é a mesma coisa”, comenta ela. Para Anna, é importante ser realista e mostrar que essa fase representa o fim do ciclo reprodutivo, e não o término da vida. Essas mudanças, é claro, também afetaram o modo como ela enxerga o mundo. “A menopausa me libertou. Não preciso mais fazer coisas que eu não quero.

Antes, fazia porque achava que ‘tinha que fazer’ para ser jovem.” Ela também se sente mais livre para impor seus limites. “Não sou mais obrigada a conviver com gente que reclama, que se arrasta, porque assim como a alegria contagia, a chatice também se alastra. Aos 51 anos, quero é viver bem”, afirma a artista.

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Anna não é a mesma de antes, e não pensa como no passado. Aquela ideia de que “depois da menopausa é só ladeira abaixo” foi refutada. A fase ganhou outro significado em sua vida. “O difícil foi subir, agora é escolher como vou descer. Quero que seja rindo, com uma taça de vinho, cercada de amor, e apreciando a vista. Afinal, se você briga com a menopausa, está clamando pelo retrocesso. Eu só agradeço.”

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