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Conheça as homenageadas do Prêmio L’Oréal-UNESCO For Women in Science

Premiação aconteceu em Paris e premiou mulheres cientistas em situações de extrema urgência social

Por Sarah Brito
20 jun 2023, 14h21
25º Prêmio Internacional L'Oréal-Unesco For Women In Science
 (L'Oréal/Divulgação)
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Na última sexta-feira, 16, ocorreu a 25ª cerimônia Internacional L’Oréal UNESCO For Women in Science, que premiou e homenageou três cientistas mulheres pela dedicação e contribuição notável à ciência e tecnologiaO evento iniciou com o discurso de abertura de Jean-Paul Agon, Presidente da Fundação L’Oréal, e Audrey Azoulay, diretora geral da UNESCO, enfatizando que a luta pela inclusão das mulheres na ciência continua sendo uma causa fundamental.

As homenageadas se destacam pelo compromisso com o desenvolvimento da área, mesmo após terem deixado seu país de origem por questões sociais, terrorismo e até mesmo por perseguição e violência. Conheça um pouco mais das cientistas homenageadas na cerimônia: 

Dra Mursal Dawodi

Mursal Dawodi é cientista especialista em Inteligência Artificial na tradução automática de Deri e Pashto. Nascida no Afeganistão, precisou deixar o país devido à mudança radical no regime político, onde atuava como assistente de pesquisa na Universidade Politécnica de Cabul. Hoje, Dawodi vive na Alemanha, dedica-se aos estudos relacionados à IA, está em busca da carreira em análise de dados para grandes empresas e é autora de diversos artigos científicos.

Dra Ann Al Sawoor

Cientista especialista em Matemática, Ann Al Sawoor nasceu no Iraque, onde atuou em análise de probabilidade numérica e análise assintótica, ou seja, técnicas numéricas de álgebra linear para grandes dados, na Universidade de Mosul. Ganhou nacionalidade francesa após sofrer desapropriação e violência física devido ao seu gênero e, hoje vive na França onde é  professora sênior no ICES, no Vendée Catholic Institute e na University of West Brittany.

Dra Marycelin Baba

Marycelin Baba é médica virologista de origem nigeriana, grande contribuinte no processo de eliminar a poliomielite no país. Ajudou no avanço de pesquisas médicas sobre arbovírus na África Subsaariana e coordenou testes de laboratório para a Covid-19 no estado de Bornéu. Marycelin precisou fugir da Nigéria devido a ataques terroristas, precisando se refugiar na África do Sul e no Quênia. Agora, ela volta para a Nigéria em busca de dar continuidade em seus estudos sobre biologia molecular.

As medalhas foram concedidas às ganhadoras pela CEO da Fundação L’Oréal, Alexandra Palt, pela Presidente de Epigenética e Memória Celular, ganhadora do prêmio internacional L’Oréal-UNESCO de 2020 Edith Heard, e pelo  Diretor-Geral Adjunto de Prioridades da África e Relações Externas da UNESCO, Firmin Edouard Matoko.

“Nigerianos, afegãos, iraquianos, cada um deles teve que fugir de seu país para sobreviver, estudar e cumprir sua vocação: servir à ciência. Prestar homenagem a essas mulheres cientistas e saudar sua resiliência é crucial”, declara Alexandra Palt em um discurso emocionante. 

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