Mulher, negra e criada na periferia de São Paulo, a chef de bar Beatriz Coutinho, 29 anos, aprendeu cedo a enfrentar desafios e preconceitos. Aos 16, começou a trabalhar em uma rede de fast-food e, aos 19, usava o salário de garçonete para custear os livros da faculdade de jornalismo, já que a bolsa de estudos não cobria o material.
Foram alguns anos até ter a chance de ser treinada para a equipe de bar de um restaurante contemporâneo badalado na capital paulista. Levou jeito e achou maneiras de imprimir às bebidas marcas pessoais. Hoje comanda as coqueteleiras das três casas do Grupo Pitico, os restaurantes Mica, Pitico e Mercedes.
“Quando recebi o convite, quase recusei. Não me sentia apta”, conta. “Em um cenário dominado por homens, sempre tive – e ainda tenho – que me provar com muito mais afinco”, revela. Sua segurança está em pesquisar e estudar bastante antes de entregar uma nova receita.
Passou dias na Liberdade, tradicional bairro oriental de São Paulo, investigando sabores e ingredientes típicos para montar o cardápio do Mica, por exemplo. A seguir, ela compartilha essas receitas com itens exóticos, que causam grande efeito tanto em um descontraído almoço em casa quanto em uma ocasião especial.
Confira:
Satang Muu
Chicabô
Surya
Seoul
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