“Tenho 40 anos e toda a minha vida sexual adulta foi afetada por uma série de abusos. Foram muitos.
Aos 5 anos, meu tio, irmão do meu padrasto, fazia sexo oral em mim. Ele também me levava escondido para o banheiro no meio da madrugada e penetrava o dedo no meu ânus. Até hoje não consigo fazer sexo oral.
Ainda nessa idade, um conhecido da família passava a mão em mim sempre que nos víamos.
Minha mãe era casada com um homem que bebia e batia nela. Ela saía para dormir na rua e então ele me levava para a cama dele e passava o pênis em mim. Eu tenho flashes dessas cenas.
Quando eu tinha 10 ou 11 anos, eles se separaram e minha mãe começou a levar outros homens em casa, que me direcionavam olhares nojentos. Acordei algumas noites com acompanhantes dela passando as mãos pelo meu corpo. Aos 12, meu tio mais uma vez fez sexo oral em mim.
Quando perdi a virgindade, aos 14 anos, fiz sem ter vontade. Meu namoradinho da época disse que queria me ver nua, mas que não faria nada. Quando eu tirei a roupa, ele se deitou sobre meu corpo, segurou as minhas duas mãos sobre a minha cabeça e forçou o pênis para dentro de mim. Meu hímen rompeu e a dor foi horrível. Eu engravidei dessa relação e fui morar com esse namorado. Achava que isso era o certo, mesmo aos 14 anos. Logicamente, a relação não durou muitos anos.
Hoje eu digo: mães, olhem para seus filhos. Eles dão sinais, note isso neles. Filhas requerem mais atenção.”
A partir de agora, CLAUDIA mantém esse canal aberto e oferece acolhimento para quem quiser libertar as palavras e as dores que elas carregam. Fale com CLAUDIA em falecomclaudia@abril.com.br.
*Nome trocado a pedido da personagem