“Eu fui molestada pelo meu tio e meu avô. Até hoje choro de pensar no que aconteceu.
Quando eu tinha 6 anos, minha mãe foi levar minha irmã caçula tomar vacina. Eu e meu irmão mais novo ficamos em casa brincando. Era uma tarde bem quente e a gente encheu o banheiro de espuma de xampu pra ficar escorregando.
Meu tio me chamou e me tirou do banheiro. Eu me enrolei na toalha, sem saber o que ele queria. Ele me jogou na cama e fez sexo oral em mim. Eu tremia toda. Senti vontade de gritar e chorar. Aí ele ouviu o barulho do portão abrindo, mandou eu me vestir e disse para eu fica quieta.
Eu não tive coragem de contar pra minha mãe, porque ele ia dizer que era mentira, que criança fantasia. Ele continuou me molestando em outras ocasiões.
Um outro dia, um domingo de manhã, meu avô me chamou na varanda. Quando cheguei perto, ele me puxou pelo braço e enfiou o dedo dentro da minha calcinha. Eu fiquei quieta, entrei em desespero. Ele se masturbou com o dedo dentro da minha calcinha. Depois que ele acabou, eu me levantei e comecei a chorar. Meu pais achavam que criança mentiam mesmo, eles nunca acreditariam.
Sofri até meus 16 anos. Hoje tenho 40 e ainda sofro com crises de pânico e ansiedade. Com esse relato, gostaria muito de ajudar outras mulheres a se libertar desse mal.”
A partir de agora, CLAUDIA mantém esse canal aberto e oferece acolhimento para quem quiser libertar as palavras e as dores que elas carregam. Fale com CLAUDIA em falecomclaudia@abril.com.br.
*Nome trocado para preservar a identidade da personagem.