Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Mercado de vinhos é machista? 79,5% das mulheres dizem que sim

Os números são resultado de uma enquete elaborada no Brasil com 500 mulheres que trabalham com o mercado de vinhos em diferentes áreas

Por Da Redação
9 fev 2021, 12h30
Vinhos
 (Reprodução/CLAUDIA)
Continua após publicidade

Um recente movimento, que teve início em outubro de 2020, levantou denúncias envolvendo uma das mais importantes entidades do setor de vinhos do mundo, a Court of Master Sommeliers dos Estados Unidos.

A mobilização, que podemos chamar de #winetoo, nasceu para denunciar casos de assédio e sexismo a mulheres que trabalham como sommelière (responsável pelo serviço de apresentação e experimentação de vinhos, principalmente em restaurantes). Como o próprio nome da campanha sugere, ela se assemelha ao movimento #metoo, que nasceu para denunciar casos de assédio sexual no mundo do cinema.

O jornal The New York Times, que encabeçou o levante das acusações, apresentou 21 casos de mulheres que denunciaram a instituição por eventos de sexismo e assédio. A exposição levou à queda de toda a direção da entidade, responsável por organizar os concursos que conferem aos participantes o ambicionado título de Master Sommelier. Vale a pena dizer que, de 155 títulos já cedidos desde 1997, somente 24 foram concedidos a mulheres. 

O colunista carioca de vinhos Marcelo Copello, diretor da revista Baco, após ter conhecimento do movimento norte-americano e suspeitou que no Brasil ocorresse o mesmo e deu início a uma enquete entre sommelières brasileiras e outras profissionais que também atuam no mercado de vinhos. “Achei que poderia existir problema semelhante, e que era preciso fazer algo a respeito”, diz Copello à Folha.

A pesquisa realizada entre 18 e 25 de janeiro, via internet, reuniu 500 profissionais de 18 estados brasileiros, sendo  43% são sommelières e 57% trabalhadoras com funções na indústria, comércio e divulgação de vinhos, como enólogas (responsável pelo plantio, vinificação e engarrafamento do vinho), vendedoras e jornalistas. 79,5% das entrevistadas afirmam que sim, o machismo prevalece no mundo do vinho

Continua após a publicidade

Cerca de 20% das profissionais negaram que existem problemas, apontando que o cenário já foi pior e que hoje as mulheres são mais respeitadas. No entanto, não é o que o relato das outras mulheres apontou.

Muitas escreveram sobre os problemas já vividos, piadas humilhantes e sexistas que ouvem de clientes, falam dos salários que são menores que o dos homens para as mesmas funções, questionamentos que ouvem sobre sua competência por serem mulheres, oferta de compra de vinhos em troca de sexo e proposta de promoção no trabalho se aceitasse as cantadas dos superiores. Há até mesmo relatos de estupro.

Copello disse que espera que a pesquisa “inspire atitudes iguais em outros países e em outras indústrias fora do vinho.” Os resultados da pesquisa sobre o machismo no mundo dos vinhos serão divulgados em detalhes numa transmissão ao vivo nesta quinta-feira (11), no Instagram do colunitas @marcelocopello e no seu site marcelocopello.com.

Continua após a publicidade

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.