“Eu sofri abuso diversas vezes na minha vida, em idades diferentes e de pessoas diferentes.
Aos 3 anos, foi o namorado da minha mãe. Aos 18, o pai da amiga com quem eu morava. Foram mais três abusos até os 23 anos. Já aconteceu até com um desconhecido na rua e um cara que se dizia meu amigo, durante uma festa.
Passei por muitos psicólogos durante os anos. Só superei depois que fui à igreja. Não vejo uma explicação coerente para ter lidado tudo isso a não ser Deus.
Não sinto raiva e nenhum sentimento ruim em relação a nenhuma das pessoas que fizeram parte desses momentos. Posso contar detalhes de tudo sem chorar, porque não me causa mais dor. Entendo que não foi minha culpa e que não merecia ficar carregando esse peso pelo resto da vida, pois as consequências são devastadoras. Infelizmente, muitas pessoas passam o resto das vidas sem serem mais as mesmas.”
A partir de agora, CLAUDIA mantém esse canal aberto e oferece acolhimento para quem quiser libertar as palavras e as dores que elas carregam. Fale com CLAUDIA em falecomclaudia@abril.com.br.
*Nome trocado a pedido da personagem
O que falta para termos mais mulheres eleitas na política