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Especial Dia da Mulher: por que nossas conexões são tão importantes?

Coletivos, grupos e redes de apoio são fundamentais para as conquistas femininas e, na pandemia, se tornam ainda mais críticos para as mulheres

Por Camila Pati
Atualizado em 8 mar 2021, 10h20 - Publicado em 8 mar 2021, 09h59
mulheres
 (We Are/Getty Images)
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A união faz o poder. Os coletivos de mulheres e as redes de apoio foram e são fundamentais para as nossas lutas e conquistas. A coletividade e o senso de pertencimento devolvem o empoderamento que, por muito tempo, nos foi retirado. “Coletivamente, conseguimos recuperar os nossos contornos individuais”, diz a psicanalista Manoela Xavier.

Por isso, hoje, Dia Internacional da Mulher, e ao longo desta semana, a equipe de CLAUDIA se debruça sobre os mais diversos grupos, coletivos e redes de apoio formados por e para mulheres.

Decidimos focar nesse tema porque ele nos pertence há milênios. Grupos e redes femininas resgatam a lógica de transmissão de saber matricêntrica, anterior ao patriarcado, essa instituição que desprezou e nos retirou a autoridade de mulheres sobre conhecimentos ligados a ciência, medicina, o parto, educação e a criação dos filhos, por exemplo.

Além do empoderamento, as conexões entre as mulheres trazem reconhecimento e acolhimento. “Faz com que a gente não se sinta sozinha e que consigamos dar suporte e apoio umas às outras, assim nos sentimos capazes e entendemos que não somos inimigas entre nós, o que permite um mapeamento poderoso do sistema”, explica Manoela.

Com cerca de 80 mil mulheres conectadas, o grupo Mulheres do Brasil, que tem na diversidade uma de suas principais bandeiras, é um exemplo claro da potência de impacto das organizações femininas na sociedade.

Além de alavancar a carreira, empoderar mulheres a assumir cargos de alto comando e conectá-las a executivas que já estão em posições de poder, o grupo tem um trabalho amplo e expressivo de fomento ao empreendedorismo feminino em núcleos espalhados por mais de 140 localidades do Brasil.

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“A gente precisa desse trabalho localizado, tem questões suscetíveis que são diferentes, uma região não é igual a outra”, diz Marisa Cesar, CEO do Mulheres do Brasil. Apesar de a formação inicial ter partido de um grupo de executivas, lideradas por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, o Mulheres do Brasil há muito tempo extrapolou os limites do mundo corporativo e hoje abraça mulheres em todos os níveis e estágios profissionais.

“As mulheres aqui se conectam não porque têm crachá. Aqui o que importa é a pessoa física, esse é o nosso diferencial”, diz Marisa, que cita a importância do trabalho que também tem sido feito para qualificar e empoderar mulheres microempreendedoras de 42 comunidades brasileiras.

As microempreendedoras se tornaram um dos grupos mais afetados pela crise sanitária e econômica que se instalou no Brasil com a pandemia – e a importância da rede de apoio ficou ainda mais explícita. “Tivemos que mudar nossa tática e passamos por um momento de assistencialismo, buscando empresas e fazendo doações de cestas básicas”, explicou Marisa.

Na opinião, de Manoela Xavier, a pandemia, mais do que agravar as desigualdades sociais e de gênero, deflagrou o isolamento em que muitas mulheres sempre viveram. “Mães solo, donas de casa sempre viveram isoladas. Quem pôde, só agora, se descobrir vivendo esse isolamento, tem algum privilégio”, diz a psicanalista.

A explosão nos casos de violência doméstica também escancarou que o perigo está dentro de casa. E, nesse contexto, se faz ainda mais crítica a ajuda e proteção vinda por meios de grupos e conexões. A boa notícia é o crescimento exponencial da coletividade feminina. “Houve sim mais poder nesse tipo de conexão, tudo foi ficando virtual. Quantos coletivos e quantas redes, grupos de Whatsapp começaram a aparecer”, diz Manoela.

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O próprio Mulheres do Brasil dobrou de tamanho. “Éramos 38 mil mulheres e agora somos 80 mil”, diz a CEO. Ao longo desse período, temáticas como saúde mental e apoio emocional foram alguns dos trabalhos mais relevantes desenvolvidos pelas mulheres do grupo. E não para por aí.

Nas últimas semanas, o Mulheres do Brasil também se prontificou a usar sua rede de influência e trazer a iniciativa privada para a linha de frente do combate ao coronavírus, auxiliando e acelerando a imunização da população brasileira, por meio do Movimento Unidos Pela Vacina. Definitivamente, a união faz a força.

Durante essa semana, CLAUDIA vai abordar a importância dos grupos de apoio em diferentes searas da vida feminina. Desde o acolhimento em redes de mães ao estímulo e apoio nos coletivos de trabalho, passando pela liberdade dos grupos que discutem sexo. Veja todas as matérias aqui.

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