O ator, que faz o Fred de Paraíso Tropical,
encontrou tranqüilidade numa relação
mais estável
Foto: Rafael Campos
Com o Fred, de Paraíso Tropical, Paulo Vilhena encarna, pela primeira vez, um personagem que o obriga a usar terno em cena. Ou seja: nada de calção, pranchas e gírias descoladas, características até então comuns aos papéis que ele interpretou. A mudança na ficção parece que reflete o atual momento do galã, que sempre chamou mais atenção pela vida pessoal movimentada do que por suas atuações. Agressões a repórteres e fotógrafos e um histórico afetivo para lá de agitada o fizeram ganhar fama de galinha e bad boy. Hoje, aos 28 anos,Vilhena se mostra mais centrado, delicado e focado no trabalho. Sobre a antiga fama, ele declara: “Nunca entendi muito bem”.Mas a aparente serenidade tem explicação. O ator mantém um namoro estável com a empresária Roberta Alonso, 27, e parece realmente dedicado a se tornar um grande ator. O aval do veteraníssimo Paulo Autran, pelo menos, ele já conseguiu…
Fred marca uma mudança de perfil de personagens, já que até então você viveu garotões, surfistas… É a primeira vez, inclusive, que você grava de terno.
É. A postura é bem diferente. Dá até um pouquinho de dor nas costas (risos).Mas é bom porque ajuda na composição.
Pessoalmente, você parece mais calmo, centrado… Esse trabalho é um reflexo do seu atual momento?
Não sei, acho que não… É a idade, é a idade (risos)… E o ano que passou foi bom demais. Tive um foco diferente da TV, como o teatro, que me mostrou um monte de possibilidades para encarar a carreira.
Com mais seriedade?
Não, porque seriedade eu sempre tive nos meus trabalhos, mas sei lá… acho que essa diversidade, de poder mudar e correr atrás dessa mudança, dá uma vitalidade boa. É por aí…
Então, podemos dizer que fama de bad boy é uma coisa do passado?
Não sei… nunca entendi muito bem qual é essa minha fama… “Ah, o cara é mal, o cara é bad boy!” A pessoa que eu sou, os meus valores, não mudei em nada por causa do sucesso. O que está diferente mesmo foi a tranqüilidade que adquiri numa relação bem mais estável…
Então teremos casamento à vista?
Não, casamento, não. Filhos, a gente pensa, mas casório… À vista, ainda não. Só a prazo (risos).
Vai ficar enrolando a moça?
Ah, não! Nunca. A gente está muito bem resolvido (risos).
Assistiu à montagem carioca da peça Essa Nossa Juventude?
Não consegui. Estava em São Paulo na época. Mas queria ter visto (No Rio, Caio Blat fez o papel que Paulo viveu em SP).
Tem outros projetos aqui no Rio?
Não. Vou dar exclusividade à Paraíso Tropical. Quero aproveitar que me dediquei bastante ao cinema no ano passado.