Escrita por Manuela Dias (de Ligações Perigosas) e dirigida por José Luiz Villamarim (de Amores Roubados), Justiça promete ser um dos grandes sucessos da emissora neste segundo semestre. Com estreia prevista para 22 de agosto, a minissérie será exibida de segunda a sexta (com exceção de quarta-feira) e contará com 20 capítulos.
Com muitas emoções, mistérios, traições, vinganças e reviravoltas, a trama gira em torno de quatro prisões que aconteceram na mesma noite, em 2009. Essa é a ~coincidência~ a partir da qual serão contadas as vidas desses personagens, além dos métodos questionáveis que os levararam até a cadeia. Apesar de serem histórias diferentes, elas se cruzam e se encaixam como um quebra-cabeça – e o público será o detetive que vai desvendar e juntar essas peças, que envolvem questões humanas e valores morais. Na trama, também será questionado o significado da palavra que nomeia a produção, colocando em debate se realmente vale a pena fazer justiça com as próprias mãos.
No capítulo de estreia desta segunda-feira (22), o público vai conhecer a história de Vicente (Jesuíta Barbosa), Isabela (Marina Ruy Barbosa) e Elisa (Débora Bloch). O ex-noivo da jovem Isabela, filha da professora de Direito, Elisa, não suporta a traição dela e, em um ato passional, mata a ex a tiros – cena que a mãe dela presencia. O título da minissérie também propõe levantar algumas questões: é justo desejar a morte do assassino de sua filha? E o que você faria em uma situação-limite?
“A ideia de criar histórias tem a ver com ampliar as nossas experiências, traçar uma trama fictícia, virtual, na qual as pessoas possam testar seus valores e limites sem necessariamente matar alguém, trair, etc. Em Justiça, a linguagem realista, que flerta com o documentário, incentiva ainda mais essa identificação, mesclando o material ficcional com o que entendemos por realidade cotidiana”, opina a autora Manuela Dias.
De acordo com a Globo, as gravações aconteceram em diversos pontos de Recife, como a praia de Boa Viagem, o mercado São José e o bairro de Brasília Teimosa. “Apesar de ter viajado com cinco caminhões abastecidos com equipamentos e material de produção, os profissionais da minissérie adquiriram muita coisa por lá, como artesanato em cerâmica para compor os cenários que estão sendo feitos no estúdio e figurino”, informam. Além disso, eles questionam: “Em uma situação limite, o reprovável pode ser justificado? Seria justo matar para salvar seu amor? E desejar a morte do assassino do seu filho? Deixar que outra pessoa pague por um erro que é seu também tem justificativa? E querer se vingar de quem destruiu sua vida e de sua família?”.
Para dar vida aos personagens, Justiça conta com um elenco estrelado. Cauã Reymond, Marjorie Estiano, Marina Ruy Barbosa, Jesuíta Barbosa, Adriana Esteves, Drica Moraes, Antonio Calloni, Vladimir Brichta, Débora Bloch e Angelo Antonio são alguns dos responsáveis pelas atuações. “Queremos que o espectador seja mais um ponto de vista na história. Ou seja, queremos que o público se sinta dentro desse jogo cênico. Por isso, quando fui escalar o elenco, tive a preocupação de priorizar nomes que o público identifica facilmente. Acredito que isso vai aguçar a curiosidade do espectador, para entender por que a Adriana Esteves (Fátima) passou ao fundo de determinada cena e não disse nada, como se fosse coadjuvante. Ou por que o Cauã Reymond (Maurício) passou ali e você nem reparou. O público vai juntar essas peças e compreender as histórias. Foi uma condução consciente, um conceito de escalação que criei para a minissérie”, confessa o diretor José Luiz Villamarim.