Ghislaine Maxwell, a amiga e sócia do milionário Jeffrey Epstein, recebeu, nesta segunda-feira (29), a primeira acusação formal de tráfico sexual. De acordo com informações do The New York Times, promotores federais acusam a socialite de preparar uma garota de 14 anos para ter relações sexuais com Epstein, encontro que teria terminado com Ghislaine recompensando financeiramente a vitima pelas relações com o milionário.
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De acordo com a acusação, os encontros entre a menor e Epstein ocorreram entre 2001 e 2004 em sua mansão em Palm Beach, na Flórida. Durante esses momentos, a menina concedia massagens completamente nua ao milionário e também era submetida a relações sexuais, recebendo por isso “centenas de dólares em dinheiro”.
A identidade da vítima, hoje maior de idade, se mantém em sigilo, sendo identificada apenas como “vítima menor-4″.
A acusação também expôs que, enquanto a socialite preparava a menina, perguntou a ela sobre sua família e outros aspectos de sua vida. Ghislaine também “procurou normalizar a conduta imprópria e abusiva”, discutindo tópicos sexuais na frente da garota e estando presente quando ela estava nua na sala de massagem da residência de Palm Beach.
A vítima também foi aliciada a fazer uma viagem com Epstein, mas recusou. Além disto, a garota alegou que recebia presentes a todo momento da equipe do milionário, até mesmo lingeries.
A nova acusação soma-se a outras que já apontavam Ghislaine como responsável em recrutar, preparar e até mesmo abusar de outras jovens e adolescentes para oferecê-las a Jeffrey Epstein, preso em 2019 – mesmo ano em que se suicidou – após explorar menores de idade por mais de 20 anos. Tráfico sexual, porém, ainda não tinha entrado na ficha da socialite.
A denúncia também diz que Epstein e Ghislaine encorajaram a garota a recrutar outras mulheres para oferecer massagens sexualizadas para Epstein, que também recebiam pelos atos.
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Os promotores, ao expandir seu caso envolvendo Ghislaine, não apenas acrescentaram duas novas acusações – tráfico sexual de um menor e conspiração de tráfico sexual – mas também ampliaram o período de tempo das alegações, que antes compreendia de 1994 a 1997.
O julgamento de Ghislaine Maxwell está marcado para julho de 2021, conforme programado anteriormente. As acusações atuais devem conceder à réu mais de 30 anos de confinamento, porém o governo pretende ainda buscar novas acusações no caso durante este tempo.