Shakira não ficou nem um dia inteiro no Brasil – ela chegou a São Paulo na madrugada desta terça-feira (06) e já vai embora à noite -, mas foi o suficiente para deixar os fãs, ávidos por um show da cantora, agitados. Na porta do hotel em que a colombiana se hospedou, meninos e meninas de várias idades se aglomeravam na tentativa de conseguir fotos e autógrafos. ESTILO, claro, não poderia ficar de fora e bateu um papo com Shakira sobre seu novo perfume, “Dance”, família e sua relação com o Brasil . Simpática, a cantora fez questão de falar português. A seguir, confira os detalhes de nossa conversa:
Você já lançou alguns perfumes. O que cada um deles representa para você?
O primeiro, “S by Shakira”, é muito especial para mim porque era o que eu estava usando quando conheci o Gerard (Piqué), então foi o perfume que o conquistou (risos). Lembro de ter ficado preocupada porque passei demais e o cheiro estava forte, mas ele gostou muito (risos). Também adoro o “Rocky” porque é mais fresco e revela outra faceta da minha personalidade. Por fim, o “Dance” amarra tudo isso revelando os dois dados de uma mesma moeda: é doce, mas também tem frescor.
Seu novo perfume faz uma homenagem à dança, sempre tão presente em suas músicas. Qual é a importância da dança para você?
A dança é o meu jeito de me descobrir e de me expressar porque se conecta com uma parte muito instintiva e primária de mim mesma. Cada pessoa sente e interpreta a dança de uma forma, e isso também acontece com os perfumes: a mesma fragrância fica pode se comportar de variadas formas em pessoas diferentes. São duas coisas muito pessoais: a dança e o cheiro.
Você percorre o mundo com seus shows e seu trabalho social. O que não pode faltar na sua mala de viagem?
Ah, nenhuma coisa específica além de protetor solar (risos).
Recentemente, a Fundação Pés Descalços em Barranquilla conquistou o título de melhor escola pública da Colômbia. Como foi receber essa notícia?
Foi uma grande satisfação, fiquei muito feliz. A gente se esforça muito para oferecer uma educação de qualidade para meninos e meninas em situações de vulnerabilidade e pobreza extrema. Não é um trabalho fácil, é realmente difícil conseguir uma resposta positiva, educacionalmente falando, por parte das crianças.
A Fundação Pés Descalços existe há quase vinte anos. Quais sonhos você ainda pretende realizar com seu trabalho social?
Quero fazer cada vez mais e provar que a educação é uma ferramenta de transformação social. Ela não é somente capaz de mudar a realidade de uma criança, mas também de famílias e comunidades inteiras. Não fosse a educação que receberam, muitos dos meninos e meninas atendidos pela Fundação estariam destinados a gangues violentas e grupos de guerrilheiros. Isso mostra que é possível mudar o destino das pessoas que vivem na pobreza absoluta quando o Estado e o setor privado se unem.
Você já disse que o Brasil é como sua segunda casa. Qual foi seu momento mais inesquecível no país?
Os momentos em cima do palco, vendo a emoção, a paixão e o fervor dos brasileiros, estão entre as lembranças mais especiais da minha vida. Vim para cá pela primeira vez muito nova, aos 18 anos, e ainda estava experimentando minhas possibilidades como artista. O Brasil me ajudou a me descobrir.
Você está divulgando seu novo single, “Chantaje”, em parceria com o Maluma. Recentemente, ele criou uma canção com a Anitta, a “Sim ou Não”. Você já ouviu? O que achou?
Ainda não ouvi, mas quero muito.
Você costuma voltar bastante para a Colômbia? Como é a sua relação com seu país natal?
A Colômbia sempre morou eu meu coração e viajo para lá pelo menos uma vez por ano. Passei a maior parte de 2016 na Espanha, mas, ano que vem, com a turnê nova, pretendo viajar a meu país e, claro, ao Brasil.
O Milan e o Sasha já demonstraram algum interesse por música? E por futebol?
Milan está obcecado por futebol! Ele sabe tudo sobre o assunto: os nomes dos jogadores de cada clube, a posição no time, o número da camisa. Ele também pratica o esporte três vezes por semana. Sasha gosta de futebol e é muito musical, mas, como ainda é muito pequeno, fica difícil saber o que ele prefere.
Você e Gerard Piqué fazem aniversário no mesmo dia, 2 de fevereiro. Quem decide como vai ser a festa?
(Risos) Nós dois decidimos!