Scott Rudin, conhecido com um dos produtores mais famosos da Broadway e de Hollywood, está sendo acusado por funcionários e colegas de trabalho de violência e assédio moral.
A reportagem feita pela publicação norte-americana The Hollywood Reporter traz relatos chocantes sobre o comportamento do cineasta. De acordo com a revista, as pessoas que conviviam com Scott relataram uma rotina extremamente difícil.
Ryan Nelson, que atuou como assistente executivo do produtor entre 2018 e 2019, descreveu a experiência como: “Todos os dias eram cansativos e horríveis”.
O ex-assistente relatou que os funcionários eram submetidos a 14 horas diárias de trabalho, e após a longa jornada ainda dormiam nos sets e nos escritórios. Ryan também chegou a presenciar o produtor atirando um grampeador em um colaborador e depois o chamou de “retardado”.
Caroline Rugo, ex-colega de trabalho de Scott, confirmou a história de Ryan à publicação e complementou relatando que, certa vez, testemunhou o produtor jogando um vaso de vidro em um funcionário, que posteriormente teve que tirar licença por ter desenvolvido síndrome do pânico.
Megan Ellison, produtora e aliada de Scott Rudin na produção do longa “Bravura Indômita”, complementou:
“Esta história apenas arranha a superfície de todo o comportamento abusivo, racista e sexista de Scott Rudin”
Segundo Andrew Coles, outro ex-auxiliar de Rudin, uma vez o produtor bateu na mão de um funcionário com o computador até sangrar porque ele não tinha conseguido comprar uma passagem para determinado voo, pois estava lotado. Após o ocorrido, ele teve que ser atendido com urgência no ambulatório da empresa.
“Teve gente que dormia no escritório, gente que estava com o cabelo caindo e outros que desenvolveram úlceras. Era um ambiente muito intenso, mas era diferente. Chegou a um novo nível de insanidade”, afirma Coles.
Considerado um dos homens mais poderosos da indústria do entretenimento, principalmente do cinema e do teatro, Scott é conhecido por grandes produções como “Tão Forte e Tão Perto”, “Onde Os Fracos Não tem Vez”, “O Show de Truman”, entre outros. Em 2010, foi eleito pelo jornal britânico The Guardian a sétima pessoa mais poderosa do cinema, acima de Quentin Tarantino e George Clooney.
A imprensa Hollywoodiana por anos descreveu o magnata, que acumula indicações e vitórias do Oscar, Emmy, Globo de Ouro e afins, como uma pessoa de caráter forte. Chegando a ser apelidado de “o homem mais temido da cidade”, em 2010, pelo próprio The Hollywood Reporter.
Rudin se gabou, em 2005, através de um artigo do The Wall Street Journal, de ter feito 119 funcionários pedirem demissão.