Com a campanha contra o assédio organizada por funcionárias da Rede Globo após figurinista ter sido assediada sexualmente pelo ator José Mayer, muitas mulheres tem se aberto sobre o assunto. A capa da VEJA desta semana, por exemplo, traz diversas histórias de profissionais que foram assediadas enquanto trabalhavam. A cantora cantora Sandy não ficou de fora e revelou ter sofrido assédio já no início da carreira.
“Prefiro não descrever, mas já aconteceu e é chato. Nunca foi nada muito grave de alguém chegar pegando, encostando (…) mas já me senti assediada até no palco por gente que grita coisas enquanto você está se apresentando”, disse a cantora em entrevista ao portal PopLine no sábado (7).
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Sandy relata os assédios aconteceram quando a cantora era apenas estava no início da adolescente. “Eu fazia festas muito grandes, tipo festa do peão e feiras agropecuárias. Eram sempre lugares muito cheios e eu ainda muito nova. Com 12, 13 anos, já ficava escutando tudo quanto é coisa que eles gritavam. Ainda muito nova mesmo. É desagradável pra caramba, mas acontece.”
Feminismo
Com a consciência de que os assédios aconteciam naquela época e ainda nos dias de hoje, Sandy disse também que considera feminista, apesar de não ser militante do movimento.
“Ideologicamente, sim. Nunca fui ativista de nada, na real, mas eu me considero feminista com certeza. Apoio vários movimentos”
Isso reflete na criação de seu filho Theo, 2 anos. Na entrevista, a cantora contou que toma cuidados para que o menino não reproduza preconceitos como racismo, machismo e sexismo e tenta sempre trazer influências positivas para o garoto. “Para que ele sempre enxergue as pessoas como pessoas iguais – independente de sexo, cor, raça, independente de tudo.”