Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Samara Felippo desabafa sobre caso absurdo de racismo vivido pela filha

A atriz usou as redes sociais para denunciar que Alícia, de 10 anos, ouviu xingamentos racistas de outras crianças na festa dela de formatura

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 11h04 - Publicado em 10 dez 2019, 13h24
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Samara Felippo fez um desabafo nas redes sociais após a filha dela, Alícia, de 10 anos, ser vítima de racismo durante festa de formatura. No Instagram, a atriz publicou um longo texto relatando o caso e protestando contra o preconceito.

    “Enquanto os pais conversavam no salão de festas, as crianças brincavam no parquinho ao lado. Quando uma delas veio até a mãe: ‘Mãe, tem dois adolescentes zoando e implicando com a gente’. Eu imediatamente levantei e fui a passos largos. As crianças relatavam: ‘Aqueles três puxaram o cabelo do fulano, zoaram com a ciclana’. Meu sangue começou a entrar em ebulição, fui que nem um bicho pra cima dos moleques e falei tudo que tenho vontade pra racistas, mesmo os que ainda nem sabem que são”, relatou ela.

    A atriz contou, ainda, que os garotos que implicavam com a filha tinham, em média, 14 anos e faziam xingamentos “clássicos do racismo naturalizado”, como marrenta, neguinha e cabelo ruim.

    Por fim, Samara escreveu que sempre procura enfatizar para Alícia toda esperteza dela, beleza, coragem, cabelo, pele e raízes. Além disso, a artista sabe que infelizmente “não será a primeira e nem a última vez que ela passará por isso”.

    Em seguida, fez um questionamento para os seguidores:

    Continua após a publicidade

    “Agora, eu te pergunto: se eu, como mulher branca, cheia de privilégios, minhas filhas negras, mas ainda sim com seus privilégios, seja por classe social ou tom de pele passamos por isso, imagina quantas meninas pretas passam todos os dias? Te pergunto: se eu, mulher branca, estou até agora chorando sozinha, com ódio e raiva, querendo esfolar a cara daqueles moleques e os pais deles, como não validar e enxergar a raiva e ódio de séculos de humilhação e violência?”, concluiu.

    Veja, abaixo, a publicação completa:

    View this post on Instagram

    “Ser mãe de duas meninas negras me abriu pra um mundo eu onde eu descobri que não sabia nada. Nao sabia sequer enxergar a dor do outro. Onde eu enxerguei privilégios por ser uma mulher branca numa sociedade tão racista.” Esse é um trecho de uma fala minha na peça @mulheresquenascemcomosfilhos, que num dia de ensaio me veio aos prantos. Eu sempre falo, escrevo mas nunca tinha passado com minhas filhas por uma situação de racismo. E pela primeira vez me deparei diretamente com o que muitos passam DIARIAMENTE. Estávamos na festa de formatura da Alícia, enquanto os pais conversavam no salão de festas as crianças brincavam no parquinho ao lado. Quando uma delas veio até a mãe: “Mae, tem dois adolescentes zoando e implicando com a gente” Eu imediatamente levantei e fui a passos largos. As crianças relatavam: “Aqueles três, puxaram o cabelo do fulano, zoaram com a ciclana” Meu sangue começou a entrar em ebulição, fui que nem um bicho pra cima dos moleques e falei tudo que tenho vontade pra racistas, mesmo os ainda nem sabem que são. Garotos brancos de 14 anos, classe média de merda, com a camisa verde e amarela. Os xingamentos para minha filha eram: marrenta, neguinha e cabelo ruim. O clássico do racismo naturalizado. Agradeço ao que me fez sair da minha bolha branca e ter desde cedo esclarecido minha filha, enaltecido sua esperteza, beleza, coragem, seu cabelo, sua pele, suas raizes…e feito ela sair dessa situação de cabeça erguida e fortalecida. E assim continuo fazendo. Sei que não será a primeira e nem última vez que ela passará por isso. Agora eu te pergunto: se eu como mulher branca, cheia de privilégios, minhas filhas negras mas ainda sim com seus privilégios, seja por classe social ou tom de pele( Sim, tom de pele conta nesse país!!Quanto mais preta a pele mais preconceito sofre-se, leia sobre Colorismo)passamos por isso, imagina quantas meninas pretas passam todos os dias? Te pergunto: se eu mulher branca estou até agora chorando sozinha, com ódio e raiva, querendo esfolar a cara daqueles moleques e os pais deles, como não validar e enxergar a raiva e ódio de SÉCULOS de humilhação e violência? Acordem!

    A post shared by Samara Felippo (@sfelippo) on

    Alícia é fruto do relacionamento da atriz com o jogador de basquete Leandro Barbosa. Samara também é mãe de Lara, de 6 anos.

    Continua após a publicidade

    Leia também: “O que você faria se o racismo acabasse hoje?” As respostas impressionam

    + Criança pede ajuda ao pai depois de ver o amigo negro sofrendo bullying

    PODCAST – Como consumir menos, de forma consciente e inteligente

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

    Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
    digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

    a partir de 10,99/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.