Rodrigo Simas: “Nunca houve tabu na nossa família”
O ator de Além do Horizonte revelou à Contigo! que é do tipo saúde: prefere cachoeira a baladas e tem muito amparo da família em tudo que faz
A carreira internacional é um sonho para o ator, que cresceu nos Estados Unidos
Foto: Moskow
Assim que surgiu em Malhação, em 2012, Rodrigo Simas, 21 anos, despontou como um dos mais promissores galãs de sua geração. De uma hora para outra, começou a conviver com um assédio enorme de fãs, boa parte adolescente. “Apareceu na TV, as pessoas colocam você em um pedestal. É muito fácil ficar deslumbrado! Meus pais (o professor de capoeira Beto Simas, 51, e a produtora Ana Simas, 50) sempre conversaram comigo sobre isso”, afirma o ator, que hoje interpreta Marlon, em Além do Horizonte, pouco depois de dar um mergulho na cachoeira do Horto, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, deixando à vista o corpo esculpido com muita malhação.
Rodrigo diz que é “vaidoso na medida certa”, gosta de se cuidar. “Passo perfume e creme quando a pele está ressecada. Também malho. Mas depilação, sobrancelha, isso não faço, não.” Atualmente, o ator está solteiro. A última vez que namorou foi em 2011. “Não sou muito de namorar, sou mais independente”, diz. O que uma mulher precisa para atraí-lo? “O charme conta muito, mais do que a beleza até. Ter um sorriso sincero, ser cheirosa e divertida. Não ser nada demais, nem muito patricinha nem muito escrachada”, explica como uma receita.
Um rapaz sério
Quando estreou na TV, aos 16 anos, em Poder Paralelo, na Record, parecia que o começo da carreira seria fácil. “As coisas aconteceram relativamente rápido”, relembra Rodrigo. Assim que acabou a novela, ele seguiu para os Estados Unidos. Com inglês fluente – ele e a família moraram nove anos no país -, queria tentar algo por lá. Fez testes para o filme Crepúsculo e para um tanto de outros longas-metragens independentes. “Foram uns dez testes, e não fui chamado para nenhum. Mas foi a melhor e maior experiência que tive.”
Após três meses tentando, ele voltou ao Brasil. Havia uma chance para um papel na temporada de 2010 de Malhação, estrelada por Bruno Gissoni, 27, seu irmão por parte de mãe. “Eu estava com 99% de chance de ganhar um papel, mas não passei. Não é fácil receber um não e esse foi o que mais doeu. Chorei, fiquei desesperado por não ter acontecido, triste mesmo, mas nunca pensei em desistir.”
Rodrigo, então, fez dois períodos da faculdade de teatro, peças e testes para a Oficina de Atores da Globo e para a novela de Aguinaldo Silva, Fina Estampa. Ganhou o papel de Leandro, o bad boy que se prostituía nas ruas. Em 2012, veio o convite para o Dança dos Famosos, o quadro do Domingão do Faustão. “Sou bem competitivo, então o Dança transformou-se na minha vida naqueles quatro meses”, assume ele, que saiu campeão e depois ganhou o papel de protagonista de Malhação. “O convite veio pelo meu trabalho em Fina Estampa e também pelo meu comportamento. Levo o trabalho muito a sério.”
Gente nova na família
O ator mora com os pais e com o irmão caçula, Felipe, 20, em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, no Rio. A novidade é que será tio em breve. Felipe será pai no ano que vem. A notícia da gravidez da namorada dele, Mariana Uhlmann, 22, pegou a família de surpresa. “Eu fui o primeiro a saber”, revela Rodrigo, que se empolga com a chegada do sobrinho. “Será um menino. Vem aí uma luz para vida de todos nós”, fala sobre a criança, que se chamará Joaquim. A “surpresa”, no caso, é porque o assunto “sexo” sempre foi falado abertamente na casa de Rodrigo. “Nunca houve tabu na nossa família. Nada de tensão, de se privar de falar. Quando as coisas são às claras, fica tudo mais fácil”, diz. Criado no esporte, ele diz que sempre esteve longe das drogas e só bebe socialmente. “Sou um cara saúde pela criação que tive. Gosto é de entrar numa cachoeira e me sentir renovado.” Por isso, o personagem de Além do Horizonte era tudo o que sonhava. As primeiras cenas foram gravadas na Amazônia, onde o ator passou duas semanas. “A gente vive num mundo de globalização e tecnologia. Eu adoro, mas, às vezes, ir para o mato é fundamental.”
ESTA MATÉRIA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 2000 DA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 15/01/2014.