O apresentador se emocionou ao lado da mulher e das filhas, Helena, Maria e a primogênita, Clara
Foto: Marco Pinto
Lágrimas discretas escorreram do rosto de Rodrigo Faro, 40 anos, quando o padre Antônio Maria, 67, falou sobre o amor em família no início da tarde do domingo (3), na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Alphaville, na Grande São Paulo. Era o batizado de Helena, 10 meses, a caçula de suas três filhas, do casamento de dez anos com Vera Viel, 38, e o casal de apresentadores escolheu uma cerimônia simples, com 23 pessoas, apenas amigos íntimos e familiares na igreja conhecida, no bairro onde eles moram, como a gruta, toda construída de pedras. “Sou católico praticante, minha mulher nasceu no dia de Nossa Senhora Aparecida. Aliás, Vera, minhas filhas e eu somos consagrados à padroeira do Brasil. Demoramos meses para batizar Helena, porque queríamos que a cerimônia acontecesse no domingo em que se celebra o Dia de Todos os Santos”, disse Rodrigo.
Foi uma bênção curta, que demorou aproximadamente 30 minutos. Depois, os convidados seguiram para um almoço na casa da família, em Alphaville. Na cerimônia, Helena permaneceu boa parte do tempo no colo da mãe e, como a maioria das crianças, assustou-se na hora de receber a bênção dos padrinhos, o casal Carlos Paschoal, 33, diretor de marketing da Sony Brasil, e Paula Paschoal, 32, publicitária. “É uma linda responsabilidade. Rodrigo e Vera são ótimos! Ele é exatamente essa pessoa que o telespectador vê: simpático, verdadeiro e afável”, disse Carlos. Helena foi benzida com água do Rio Jordão, onde os cristãos acreditam que Jesus foi batizado, trazida por Danilo Faro, 38, empresário e irmão do apresentador, de uma viagem à Terra Santa realizada em julho. Helena chorou, mas as irmãs da bebê, Clara, 8, e Maria, 5, entreteram a menina com brinquedinhos. “Lembro quando conheci o Rodrigo e ele me disse: ‘Você será mãe dos meus filhos’. Achei que era uma cantada, mas isso se concretizou. E ainda tem gente que não acredita em amor de príncipe encantado… Ele é minha alma gêmea”, disse Vera.
Com águas do Rio Jordão, da Terra Santa, Helena é batizada pelo padre Antônio Maria, no colo da madrinha, Paula Paschoal, e amparada pelo pai
Foto: Marco Pinto
CONTIGO! acompanhou toda a cerimônia com exclusividade. Ainda emocionado após a bênção, Rodrigo concedeu a seguinte entrevista:
O que significa esta cerimônia para você?
Minha avó, Dita (apelido de Benedita, 89, cirurgiã dentista) sempre nos ensinou o valor de acreditar em Deus. Sou católico, batizado, crismado e casado pelo padre Antônio Maria, que felizmente também conseguiu realizar o batismo da Helena. Frequento esta igreja e acredito que a religião ajuda no respeito ao próximo, no amor. São esses os conceitos básicos que Vera e eu desejamos transmitir às nossas filhas. Este é um momento muito especial, . Por isso, não quis fazer alarde e reuni só as pessoas extremamente especiais para a gente.
Você parece mesmo um homem caseiro, tranquilo e mantém um relacionamento entre namoro e casamento de 16 anos. Qual o segredo?
O amor. Troco tudo para ficar com minha mulher e minhas filhas. Valorizo a família e acho importante mostrar a relevância disso, ser notícia com coisas boas e não com confusão, separação. Independentemente da fama, sou um pai comum.
E o que seria um pai comum?
Observo as meninas, escuto, educo com muito amor e brinco. Ontem, por exemplo, a gente passou o dia se divertindo. Tem um terreno ao lado de casa com um morrinho. Comprei uma esteira, uma lona e a enchi com sabão. Isso virou um escorregador (risos). As meninas, eu, e os amigos dela fizemos a maior bagunça! Também gosto de cuidar delas. (Nesse momento, chega Clara e abraça o pai.) Ontem também, brincamos de salão de cabeleireiro no banho. Ela fez um monte de penteado maluco em mim. Até um moicano!
E o que você faz quando suas meninas brigam?
Paro, olho firme, mudo a voz e digo (em tom grave): “O que está acontecendo?” Só isso. Não precisa bater nem ser drástico. Parece mentira, mas elas raramente brigam. As duas são amigas e cuidam uma da outra. Acredito na eficiência da disciplina com muito amor e sem medo.
“Vi que o sacrifício de ficar longe da minha família aos domingos não influenciava nos resultados”, disse Faro, na foto, ao lado da mulher e das filhas, no almoço na casa dele, em Alphaville
Foto: Publivideo
Muitas famílias sonham em ter pelo menos um menino e uma menina. Você e Vera vão tentar um garotinho?
Não, três está bom. Dei minha contribuição de mulher bonita no mundo. Não precisa de mais homem (risos).
Como é ser o único homem no meio de quatro mulheres?
Hoje, por exemplo, acordamos cedo. Eu levei três minutos para escolher e vestir a calça, a camisa e o sapato. Depois, fiquei esperando o maquiador que preparou as três filhas e minha mulher (risos).
Como você se vê nas suas meninas?
Eu me vejo fisicamente na Clara, mas o comportamento dela é mais introvertido e observador, como o da Vera. No caso da Maria, é o contrário. Ela é idêntica a minha mulher, mas tem o meu temperamento: extrovertida, gosta de aparecer. Não fico ansioso sobre o destino profissional delas, mas, se tiver um artista na família, acho que seria Maria. E, das três, Helena é a que mais gosta de ficar no meu colo (risos).
Neste ano, você completou 40 anos de idade, dez anos de casamento e estreou na “guerra dos domingos”. Como você avalia o seu momento?
Tudo na minha vida aconteceu mais rápido do que eu imaginava. Há cinco anos, eu era mais um ator da Rede Globo. Hoje, eu olho para os lados e vejo o Faustão e o Silvio Santos. Há mesmo uma guerra pela audiência, fico ansioso. Hoje, vou acompanhar o ibope durante o almoço do batizado da minha filha e só deixei de fazer O Melhor do Brasil (na Record) ao vivo, porque vi que o sacrifício de ficar longe da minha família aos domingos não influenciava nos resultados. Mas sou grato por ter minha família e minha profissão. A explicação disso tudo é Deus e muito trabalho.
ESTA ENTREVISTA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 1990 DA REVISTA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 06/11/2013.
Rodrigo Faro com a mulher, Vera Viel, e a pequena Helena
Foto: Marco Pinto