Ela tem um filho de 4 anos e um neto de 4 meses. Uma carreira de mais de 40 anos em teatro, cinema e TV e uma equipe de trabalho em que a pessoa mais velha tem 27 anos. Amigos com mais de 80 e muitos com menos de 20. No começo desta entrevista, Regina Casé propõe uma brincadeira à leitora de CLAUDIA: “Não fala a minha idade e pede pra todo mundo adivinhar. Não vale ir no Google. Quantos anos você acha que a Regina tem?”, sugere perguntarmos.
É comum as pessoas não acreditarem na idade de Regina. Até o porteiro do prédio para onde ela mora, no Rio de Janeiro, duvidou. Para convencê-lo, um dia foi necessário que o assessor Pedrinho (Pedro Figueredo, fiel escudeiro há seis anos), puxasse o celular do bolso e mostrasse ao funcionário a biografia dela Regina no site da Wikipedia. A incredulidade talvez seja fruto do fato de a atriz, humorista, apresentadora, diretora, mãe do Roque e da Benedita, 27 anos, e avó do Brás, ser a personificação pública do movimento Ageless, palavra de origem inglesa que em português significa “sem idade”.
Inspirando-se em ícones como Laura Cardoso e Fernanda Montenegro, a apresentadora garante que está vivendo sua melhor fase. “Eu me sinto muito melhor hoje. Tenho vergonha de falar isso porque parece aquela coisa falsa de quem está envelhecendo. Mas sabe o que eu sinto? Antes, eu tinha muito mais medo, insegurança. Tinha ansiedade do que ia ser. Agora já é. Se foi, foi, já sou eu”, ri. “O que eu acho legal é o orgulho de estar nesta idade fazendo tudo isso. Orgulho de não esconder quantos anos tenho e mostrar que é possível. Estou muito feliz de (nesta idade) ser capa da CLAUDIA. Acho que é um pioneirismo que quero levar para muitos lugares”.
Leia o bate-papo na íntegra na CLAUDIA de novembro. Já nas bancas!