Em um artigo publicado na revista estadunidense Fast Company, na última quinta-feira (6), o príncipe Harry declarou que “a mídia social está nos dividindo. Juntos, podemos reprojetá-la”. Ele ainda fez um apelo às empresas para que elas repensem seus papéis nas plataformas digitais.
“Empresas como a sua têm a chance de reconsiderar seu papel no financiamento e suporte a plataformas online que contribuem, estimulam e criam as condições para uma crise de ódio, uma crise de saúde e uma crise da verdade”, comentou Harry, mas sem nomear quais são as empresas.
É fato que os impactos das mídias sociais atingem a todos, principalmente aos jovens de hoje. Por isso, o duque mostrou como a tecnologia também é uma das principais preocupações na educação dos filhos. “Porque, se somos suscetíveis às forças coercitivas nos espaços digitais, temos que nos perguntar: o que isso significa para os nossos filhos? Como pai, isso é especialmente preocupante para mim”, dizia um trecho do artigo.
Junto de Meghan Markle, o príncipe conversou com especialistas, que acreditam que a sociedade precisa rever a maneira como as redes sociais são usadas e, a partir daí, criar um espaço com mais amor e menos ódio.
“Acreditamos que precisamos remodelar a arquitetura da nossa comunidade online de uma maneira definida mais pela compaixão do que pelo ódio; pela verdade em vez de desinformação; pela equidade e inclusão em vez da injustiça e do medo; por discurso livre, e não armado ”.
Harry enfatizou que embora existam algumas organizações atuando para mudar o ambiente online, mas ainda há muito para ser feito. “Para empresas que compram anúncios online, uma coisa é inequivocamente negar o ódio e o racismo, o nacionalismo branco e o anti-semitismo, desinformação perigosa e uma cultura online bem estabelecida que promove a violência e o racismo. intolerância. Outra coisa é eles usarem sua influência, inclusive por meio de seus dólares de publicidade, para exigir mudanças nos próprios lugares que oferecem um porto seguro e veículo de propagação ao ódio e à divisão”.
“Podemos – e devemos – encorajar essas plataformas a se redesenharem de uma forma mais responsável e compassiva. O mundo sentirá isso, e todos nós nos beneficiaremos com isso”.
Conversando sobre notícias ruins com as crianças