A lei imperial japonesa indica que o casamento com um plebeu requer o abandono da posição real, ou seja, na segunda-feira, quando se casar com o um funcionário de uma empresa de navegação, a princesa Ayako terá de renunciar ao trono. Para tal, ela receberá a quantia de 950 mil dólares e abrirá mão de todos os seus privilégios.
Ayako foi apresentada ao futuro marido, Kei Moiriya pela mãe em dezembro. A princesa Takamodo conheceu os pais de Kei durante campanha de divulgação de uma ONG e apresentou-os à filha, achando que ela poderia estar interessada em ajudar na causa. Ayako é assistente social. Entretanto, ela e Kei se encantaram e, em agosto, anunciaram o noivado.
Seguindo as tradições, Ayako foi, na sexta-feira, se despedir dos pais. Eles beberam sakê e trocaram hashis, um ato simbólico. Na segunda-feira, ela deverá encontrar seu noivo e fará duas trocas de trajes. Os trajes são tipos variados de quimonos usados por anos pela família imperial. Um dos quimonos tem 12 camadas. O simbolismo vai além. As cores dos quimonos serão aquelas que nomeiam flores e plantas.
Na terça-feira, durante um banquete, Ayako deve optar por um traje branco mais familiar ao ocidente. É comum, entretanto, que elas logo cubram o branco com cores, que significam na cultura japonesa bons fluidos e, ainda, representam que ela entrou para uma nova família.