Letícia Colin estará no cinema em abril,
com o filme Bonitinha mas Ordinária
Foto: Selmy Yassuda
Diferente da sua frágil Vivi, uma menina de 15 anos que é estuprada por um pedófilo em Chamas da Vida, da Record, a atriz Letícia Colin, 19 anos, se sente forte, combativa e acredita que conseguiu passar sua mensagem contra esse tipo de abuso que atormenta e traumatiza milhares de crianças no mundo inteiro. Para ela, as cenas impressionantes feitas com o colega André Di Mauro, que interpreta o maníaco Lipe, serviram como um alerta aos pais. Essa certeza de estar cumprindo uma missão na telinha talvez tenha ajudado a jovem atriz a viver seu papel com tanta convicção e talento.
A estrelinha começou cedo. Em 11 anos de carreira, atuou em Malhação (2002, Globo), Floribella (2005 e 2006, Band) e Luz do Sol (2007, Record). E em abril, poderemos conferir sua estreia no cinema numa adaptação de Bonitinha mas Ordinária, do diretor Moacyr Góes, como Maria Cecília, personagem eternizada por Lucélia Santos, em 1981.
tititi – Como é a repercussão de Vivi, sua personagem em Chamas da Vida?
Letícia Colin – Olha, é muito bonito ver que as pessoas estão entendendo bem a personagem. Elas analisam as cenas… A gente percebe que o alerta sobre a pedofilia está funcionando. É gratificante ver o poder de transformação que a TV tem. Todos estão tomando uma posição diante das histórias reais.
É mesmo um assunto muito importante!
E falamos sem pudor, sem máscaras, tanto para os mais velhos quanto para os jovens. A novela uma forma de arte que interfere na vida das pessoas e fico orgulhosa de participar disso. Quando a gente fala sobre os tabus, eles deixam de existir (isto é, não são mais tabus, e o problema tende a ser encarado de forma resoluta).
Como é contracenar com o André Di Mauro?
Nossa! A gente se dá muito bem. Sabe quando bate o santo? Temos os mesmos movimentos, ele propõe muitas coisas em cena e é um prazer estar com ele.
Tem namorado?
Não, estou solteira.
Você é do tipo que investe ou espera uma investida?
Sou determinada, geralmente, eu tomo uma atitude. E também não gosto de joguinho e de ter que fingir situações.
Como é o homem ideal?
Generoso, atencioso, bem sensível, aquela pessoa que olha nos olhos de verdade… E tem que ter alguma conexão espiritual comigo.