Nos minutos finais do jogo entre Brasil x Costa Rica na Copa 2018, depois de um lance em que o jogador Óscar Duarte simulou uma falta, Neymar tratou de xingá-lo em meio às discussões de ambos os times com o juiz. “Hijo de puta, vai tomar no cu” são palavras que podem ser facilmente identificadas através da leitura labial da cena. E foi feio demais.
“Mas sempre foi assim”, “Se a gente encanar com isso, então já pode acabar com o futebol”, “No calor da hora isso é a coisa mais normal”, dirão muitos. Acontece que fica feio, em plena Copa do Mundo, o jogador mais visado da Seleção Brasileira – e um dos mais visados do planeta – partir para esse tipo de ofensa chula.
Além disso, no mesmo jogo o próprio Neymar havia feito cena em uma falta, o que levou o juiz a voltar atrás na decisão de dar o pênalti ao Brasil, após ver as imagens do lance em vídeo. “A jogada é controversa: o toque foi suficiente para derrubá-lo? Pênaltis semelhantes, ‘de câmera lenta’ já foram assinalados pelo VAR na Copa. Mas Neymar pagou pela má fama”, apontou o crítico esportivo Luiz Felipe Castro, da Placar. Se a decisão do árbitro foi injusta ou não, o fato é que Neymar também faz teatro em campo e a ofensa a Óscar Duarte é injustificável.
Agora, o camisa 10 da nossa Seleção pode ser penalizado pela Fifa. De acordo com o Código de Disciplina que rege a Copa do Mundo, xingamentos ofensivos vão contra as regras. A conduta de Neymar pode ser investigada, assim como a dos torcedores do México, que ficam gritando “puto” para os goleiros adversários.
E qual é a punição que Neymar pode receber? Segundo a cláusula 57 do Código de Disciplina da Fifa, casos em que um jogador age de maneira ofensiva e sem fair play podem ser penalizado de quatro maneiras: com um aviso, com uma reprimenda, com multa ou com a devolução de prêmios conquistados.
E a atitude do atacante já ganhou repercussão internacional. “Isso seria como ver o LeBron ficar ofendendo um adversário durante a final da NBA”, disse o site americano TMZ, mostrando que atitudes como essa são repreendidas também em outros esportes e que não se aceita mais a desculpa de que as coisas sempre foram assim.